Caso aconteceu no bairro Pioneiros na manhã de hoje; funcionário concorda que faltam médicos para realizar os atendimentos
Mais um caso de revolta da população com relação aos serviços prestados em postos de saúde aconteceu em Campo Grande. Revoltada com a demora no atendimento, uma mulher ameaçou dar um tiro no funcionário do posto de saúde do bairro Pioneiros na manhã de hoje.
Segundo informações do funcionário do posto de Saúde à polícia, Ele, que é responsável pela triagem dos pacientes que chegam em busca de atendimento, estava fazendo seu trabalho quando uma mulher de 54 anos chegou gritando e reclamando muito do serviço público. De acordo com o funcionário, a mulher gritou com todos os que estavam ali, inclusive com pacientes.
Revoltada, ela disse que já havia reclamado na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) com relação aos serviços prestados pelo posto de Saúde do bairro Pioneiro. No boletim, ainda consta que a mulher já havia se desentendido com outro funcionário do posto há dias atrás.
Durante a discussão, a mulher de 54 anos chegou a dizer, aos gritos, que acabaria com todos no posto e que daria um tiro no funcionário do posto responsável pela triagem e no Guarda Municipal se não recebesse atendimento. Segundo a polícia, a mulher é hipertensa e precisava realizar exames, porém, o posto não dispunha recursos e ela reclamou que tinha que ficar de um lado para o outro em busca do atendimento que estava demorando.
Uma viatura da polícia militar foi até o local e orientou o funcionário a fazer um boletim de ocorrência. Apesar das ameaças da mulher, o funcionário do posto afirmou para a polícia que realmente faltam médicos em alguns períodos e que o posto de saúde não têm condições de atender a todos. Porém, ele só não aprova a maneira como a mulher fez sua reclamação. Segundo a polícia, a mulher não chegou a ser atendida.
Diante do fato, foi feito um boletim de ocorrência de “Ameaça”, porém o autor afirmou que não irá representar contra a mulher, já que ele concorda com as deficiências do posto.
O caso foi registrado no 5º Distrito Policial.
Outros casos
Esse não é o primeiro caso em que a população se revolta com a demora no atendimento dos postos de Saúde. No dia 8, uma paciente agrediu uma médica no Coophavilla II. Já no dia 21 de janeiro, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, funcionários foram agredidos por pacientes cansados de esperar pelo atendimento.