Vice-prefeito diz que esta seria a solução ideal; descartada a mudança do Camelódromo, saída será “na base de muita conversa”
Após a notícia dada pelo prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) de que a rodoviária velha não abrigará o camelódromo, o destino do condomínio Heitor Laburu ainda é incerto. Segundo o vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque, que foi escalado pelo prefeito para resolver o problema, o governo municipal não tem dinheiro suficiente para desapropriar os proprietários dos pontos e a solução será resolvida somente na base de “muita conversa”.
A expectativa até ontem era que a rodoviária velha abrigasse um camelódromo, porém essa ideia foi descartada, já que os comerciantes do camelódromo não concordaram. Segundo o vice-prefeito, isso aconteceu por causa da relação próxima que os comerciantes do camelódromo têm com o Mercadão.
“A ideia do camelódromo foi descartada, porque os comerciantes não queriam perder a proximidade que têm com o Mercadão”, disse Edil.
Com essa ideia descartada, o vice-prefeito ficou escalado pelo prefeito Nelson Trad Filho para dar uma solução ao problema. Edil afirma que a solução mais fácil seria a desapropriação dos mais de 200 proprietários de comércios no local, porém, apesar de não citar números, ele afirmou que a prefeitura não tem dinheiro para a desapropriação e que a solução só virá a base de muita conversa.
“A solução será a mais rápida possível, mas não dá para resolver do dia para a noite, a solução mais rápida seria a desapropriação, mas a prefeitura não tem o dinheiro para isso. Nós vamos intermediar a situação, mas são mais de 200 proprietários e diversas situações, uns querem vender, outros não, vamos fazer muitas reuniões”, afirma Edil.
Sobre o problema, Edil também afirma que um agravante é que os comerciantes não acreditavam que a rodoviária nova, inaugurada no último dia 1º fevereiro, fosse se tornar realidade e que, por isso, não se preparam para as mudanças que viriam.
Quando perguntado se a prefeitura não poderia ter participado ajudando os comerciantes a respeito de como eles poderiam ter se preparado para a nova rodoviária, o vice-prefeito afirma que é complicado a prefeitura se envolver em uma situação que ela não é proprietária e que agora o auxílio virá através de intermediações e reuniões com entidades e os comerciantes.
“Como que a prefeitura poderia ter entrado na situação se ela não é a proprietária? Como que eu vou entrar lá se eu não sou o proprietário? Nós vamos intermediar, já estamos fazendo reuniões com entidades como a Fecomércio e Fiems; quando houver uma proposta consistente faremos uma grande reunião com os comerciantes, mas é complicado, são muitos e com muitas situações diferentes”, afirma Edil.