Imagine a cena. Tarde ensolarada de domingo em Campo Grande, torcida marcando presença no estádio Morenão para acompanhar um mais jogão da Série B do Campeonato Estadual de futebol: o clássico Ope-rário. Não, não há erro de grafia nem confusão com o tradicional Comerário.
É que o saudoso Operário Futebol Clube poderá ter como rival no futuro um clube novato na cidade, o Novoperário Futebol Clube. Fundado em 11 de outubro de 2010 por um grupo de empresários e ex-dirigentes do Galo, o Novoperário foi formado para tentar arrebanhar torcedores decepcionados com o recente desempenho do alvinegro campo-grandense. Lembrando que o Operário Futebol Clube disputa a segundona do Estadual e em nada lembra o esquadrão histórico que chegou a ser 3º colocado no Brasileirão de 1977 e campeão nacional da Série C (Módulo Branco) em 1987.
Mas, para que o Novoperário exista de fato, é preciso seguir alguns ritos burocráticos. O presidente José Florêncio de Melo Irmão afirma que já está providenciando os registros em cartório, para depois encaminhar a documentação à Federação de Futebol (FFMS) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Só assim o clube poderá sonhar em disputar competições oficiais.
“Atualmente estamos buscando formar a estrutura do clube, inscrição de CNPJ, condições financeiras, para através disso correr atrás de sede”, diz Melo Irmão. Enquanto não atrai investidores, o Novoperário sobrevive graças à “vaquinha” dos dirigentes.
O distintivo do clube ainda não foi desenhado, mas o presidente adiantou que as cores serão preto e branco, com prevalência do dourado.
Polêmica em torno da marca – Melo Irmão disse que o grupo de apoiadores do Novoperário tentou aproximar-se do ex-jogador Celso Elias Zottino – que ganhou na justiça trabalhista o direito de explorar o nome “Operário Futebol Clube” – para criar uma nova agremiação, mas não obteve sucesso nos diálogos.
