Dois trens de passageiros entraram nesta segunda-feira em rota de colisão, batendo de frente, perto de uma estação de subúrbio de Bruxelas fazendo, segundo cifras provisórias de fontes diferentes, entre 18 e 25 mortos e 150 feridos, num dos mais terríveis acidentes ferroviários na Bélgica.

“São 18 mortos confirmados mas este número deverá aumentar”, anunciou no início da tarde o governador da província flamenga de Brabant, Lodewijk de Witte.

O porta-voz do Ministério Público belga, Jos Colpin calculou entre 10 e 20 mortos no choque entre as duas composições.

Os serviços de socorro já começaram a retirar os corpos das ferragens, segundo os bombeiros.

“No momento, há muitos corpos ainda presos nos destroços”, afirmou uma fonte do serviço de emergência belga. “Estamos recolhendo roupas encontradas perto para que possam ser úteis no processo de identificação dessas vítimas. Um dos vagões deverá ser levantado para que possamos chegar a um outro”, explicou.

“O choque foi muito violento, terrível”, contou à AFP, Sylvie S., ferida no braço.

As duas máquinas chegaram a ficar encaixadas, levantando com a colisão. Alguns vagões viraram. O acidente aconteceu às 08H30 (07H30 GMT) em hora de grande movimento, perto de Hal, subúrbio de Bruxelas, em Flandres.

Uma das composições não respeitou um sinal fechado e colidiu com outra, a grande volocidade, precisou De Witte. Uma investigação foi aberta para determinar as causas do acidente.

Os dois trens transportavam entre 250 e 300 passageiros, informou um dirigente da Sociedade Nacional de Estradas de Ferro belgas SNCB. “Há mortos e feridos nas duas composições”, disse.

“Há pelo menos 20 mortos”, declarou pela manhã o prefeito de Hal, Dirk Pieters, citado pela televisão pública flamenga VRT e pela agência de notícias Belga.

Segundo o canal nacional RTBF, pelo menos 15 pessoas morreram num dos trens e dez no outro.

A ministra belga de empresas públicas, Inge Vervotte, explicou que é difícil saber com exatidão o número de vítimas devido à amplidão da catástrofe.

O primeiro-ministro belga Yves Leterme, que seguia para uma viagem aos Bálcãs, cancelou a visita e anunciou sua volta. Ele está sendo aguardado no local da tragédia, assim como o rei belga Albert II.