Por problemas de ordem técnica, as sessões do 3ª edição do Vídeo Índio Brasil (VIB), festival de cinema voltado para produções com temáticas indígenas, começaram somente ontem, 02 de agosto, em Corumbá.
As exibições estão acontecendo no auditório do Moinho Cultural Sul-Americano e, segundo Rubens de Souza, presidente do Instituto Homem Pantaneiro, entidade que administra o Moinho, a programação segue normalmente até sábado, dia 07.
“Optamos por manter o que estava programado. Quanto à exibição dos filmes dos dois primeiros dias, ainda estamos vendo a possibilidade de projeção”, esclareceu ao Diário.
As produções cinematográficas estão sendo exibidas em três períodos do dia, conforme o público. Nas sessões das 07h (manhã) e das 15h (tarde), o acesso é exclusivo para alunos do Moinho Cultural e alunos da rede pública de ensino. Já a partir das 19h (noite), a entrada é aberta ao público em geral. Todas as sessões têm entrada gratuita.
As escola interessadas em levar grupos de estudantes devem agendar a presença pois, conforme explicou Rubens de Souza, o auditório tem capacidade para cerca de 100 pessoas por exibição. O telefone para agendamento e a mais notícias sobre a programação local é o (67) 3232-9981.
Nacional
O evento, que teve início em Campo Grande, e se expandiu nas últimas edições para cidades do interior de Mato Grosso do Sul, chega a mais de 100 cidades espalhadas pelos 26 estados brasileiros.
No país, as cidades que estão exibindo a programação do Vídeo Índio Brasil 2010 estão distribuídas entre as capitais dos Estados, como Cuiabá (MT), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Rio Branco (AC), São Luís (MA), Macapá (AP), Porto Alegre (RS) mais cidades interioranas. Em Mato Grosso do Sul, além da Capital, Campo Grande, estão no roteiro: Dourados, Bonito, Caarapó, Corumbá, Fátima do Sul, Jaraguari, Miranda, Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante.
O Vídeo Índio Brasil 2010 é patrocinado pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio das Secretarias do Audiovisual e da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural, Fundo Nacional de Cultura e Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável.
Conta também com o apoio cultural do CineCultura, Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (Neppi), Museu das Culturas Dom Bosco, Pontão de Cultura Guaicuru, Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande (MS) e Território do Vinho.
Veja a programação
03 de agosto – Terça-feira
Mokoi tekoá petei jeguatá – duas aldeias, uma caminhada
Direção: Ariel Ortega, Jorge Morinico e Germano Benites / Ano: 2008 / Gênero: Documentário / Duração: 63 min. / Produção: Vídeo nas Aldeias / RS – Guarani-Mbya / Classificação: Livre
Prêmios:
– Melhor filme do ForumDoc, Belo Horizonte, 2008.
04 de agosto – Quarta-feira
Kré
Direção: Francele Cocco / Ano: 2009 / Gênero: Documentário / Duração: 08min. / Produção: Francele Cocco / RS – Kaingang / Classificação: Livre
Kene yuxi, as voltas do kene
Direção: Zezinho Yube / Ano: 2010 / Gênero: Documentário / Duração: 48min. / Produção: Vídeo nas Aldeias / AC – HuniKui (Kaxinawá) / Classificação: Livre
05 de agosto – Quinta-feira
Indígenas digitais
Direção: Sebastian Gerlic / Ano: 2010 / Gênero: Documentário / Duração: 26 min. / Produção: Thydêwá – Índios On-Line / BA – Tupinambá (BA), a Pataxó Hahahãe (BA), Kariri-Xocó (AL), a Pankararu (PE), Potiguara (PB), Makuxi (RR) e Bakairi (MT) / Classificação: Livre
A gente luta, mas come fruta
Direção: Valdete Pinhanta e Issac Pinhanta / Ano: 2006 / Gênero: Documentário / Duração: 40 min. / Produção: Vídeo nas Aldeias / AC – Ashaninka / Classificação: Livre
Prêmios:
– Prêmio Panamazônia 2007 de Melhor Produção audiovisual da Action Aid Americas, 2007;
– Melhor Documentário no Cine Gaia, 2008.
06 de agosto – Sexta-feira
Conversas no maranhão
Direção, Produção, Fotografia e Câmera: Andrea Tonacci / 1977 / 120 min / SP – Canela-Apãniekra / Livre.
07 de agosto – Sábado
Kuhi ikugü, os kuikuro se apresentam
Direção: Coletivo Kuikuro de Cinema / Ano: 2007 / Gênero: Documentário/ Duração: 7 min. / Produção: Vídeo nas Aldeias / MT – Kuikuro / Classificação: Livre
Wapté mnhônõ, iniciação do jovem xavante
Direção: Divino Tserewahú / Vídeo nas Aldeias / 1999 / 56 min. / MT – Xavante / Livre
Prêmios:
– Troféu Jangada, prêmio da OCIC – Brasil (Organização Católica Internacional de Cinema) na 6ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico, RJ;
– Prêmio Manuel Diégues Júnior na 6ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico, RJ;
– Prêmio no X Internacional Festival of Ethnographical Films, Nuoro;
– Gran Prêmio Anaconda, Bolívia, 2000;
– Prêmio do 1° Festival de Filme Etnográfico da Sardenha, 2000. Fonte: Diário Corumbaense (www.diarionline.com.br).
