Mesmo com a derrota, o coração do torcedor tricolor chega ao final deste ciclo cheio de honra e orgulho. Reunidos na sede da torcida organizada Flu Pantanal, em Campo Grande, não faltou emoção, companheirismo e muita felicidade em ver o time representar o Brasil no campeonato internacional.
A um passo da final, o Fluminense foi eliminado pelo Chelsea do Mundial de Clubes na tarde desta terça-feira (8). A partida aconteceu às 15h no horário local de Mato Grosso do Sul, no MetLife Stadium, em Nova Jersey. O confronto terminou com placar de 2×0 para o time campeão.
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O publicitário Thiago Penna, de 45 anos, fundador da torcida organizada Flu Pantanal e responsável pela sede da torcida em Campo Grande, comentou com a reportagem a emoção de ver o time ficar entre os quatro melhores clubes do mundo.
“Chegamos longe, jogamos com hombridade, com garra. Lógico que eu gostaria de estar na final, de conquistar o título, mas infelizmente, só vence um. Mas eu tô muito feliz pela participação do Fluminense, que representou muito bem o Brasil. Não temos que lamentar, temos que apenas exaltar mais ainda o nosso clube, pela grandeza, pelo que ele conquistou. Ele tá entre os quatro melhores do mundo. Quantos clubes gostariam de estar lá, né?”, expressou.
Para Thiago, a melhor parte foi ver a torcida toda reunida para assistir ao confronto em família e entre amigos, e destaca ainda que o ano não terminou, então ainda vêm muitos campeonatos pela frente. “Foi um clima muito gostoso, e no final do jogo, todo mundo aplaudiu o clube e ainda cantou o hino. Não tem coisa melhor do que isso. E seguimos o ano. Temos a Copa do Brasil, o Sul-Americano, o Campeonato Brasileiro”.
Entre tradições e união, torcida se reuniu para ver a partida
Nos momentos que antecederam a partida, o clima era de ansiedade entre os torcedores. O casal Fernando Oliveira e Rayanne Oliveira estiveram presentes com seu ‘amuleto da sorte’, o pequeno Theo, filho do casal, de dois anos.
“Levei ele [Theo] para assistir a final da Libertadores, assistimos junto com o grupo, e o Fluminense foi campeão. Então, quando eu não consigo estar com ele, eu boto a blusinha nele, peço para ele dormir com a blusinha e tudo mais. O Fluminense é uma grande família, tanto fora quanto dentro de campo, e para nós que viemos de fora, fomos bem acolhidos pelo grupo”, detalha Fernando.
A influenciadora Sabrina Feiteira, de 32 anos, foi torcer ao lado da mãe, e já estava preparada para a emoção da partida. “O Fluminense não sabe fazer um jogo sem emoção. Então o coração já tá a mil”, disse.
O analista de sistemas Alexssander Oliveira da Silva, de 26 anos, estava com a expectativa alta e muita ansiedade, e não deixou de seguir a tradição de toda partida: evitar usar a camisa ‘muito limpa”. “Ela tem que estar mais ou menos, que aí o trem anda. No jogo passado mesmo, eu esqueci a camiseta dentro do carro, e vim [com ela], e ganhamos. Simplesmente ganhamos”.
Revelação tricolor fez gol da vitória
O responsável pelos dois gols da vitória foi o jogador João Pedro, ex-atleta do time brasileiro. João foi revelado pelo Fluminense, e em 2019 deixou o Brasil para brilhar no exterior. Esta foi a segunda partida do atleta brasileiro pelo time inglês, e João marcou o primeiro gol aos 17 minutos do 1º tempo.
Agora, o Chelsea aguarda o vencedor da outra semifinal, entre Real Madrid e PSG, para definir quem será o adversário na decisão. A final acontece no próximo domingo (13), às 16h, no horário de Brasília, no mesmo estádio.
Trajetória do Fluminense no Mundial
O Fluminense foi o único time brasileiro a chegar à semifinal do campeonato, após se classificar em 2º de seu grupo, e eliminar a Inter de Milão, nas oitavas, e o Al-Hilal, nas quartas.
A equipe brasileira vinha de uma sequência invicta de 11 jogos somadas a todas as competições, enquanto o clube inglês, Chelsea, possuía sete vitórias nos últimos oito jogos — a única derrota foi justamente contra um brasileiro, para o Flamengo, na fase de grupos.
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