Na tarde quente na Arena Castelão, em Fortaleza-CE, time da casa transformou sofrimento em resistência e, por fim, em vitória. Um jogo que começou controlado, com o Tricolor do Pici impondo ritmo, terminou em agonia com o Sport sufocando, cercando, martelando, mas sempre parando em um paredão chamado João Ricardo.
O roteiro começou a se desenhar no primeiro tempo, quando Lucas Sasha encontrou espaço na intermediária. Um drible curto, a pedalada para se livrar do marcador e o chute certeiro de perna esquerda: 1 a 0, aos 42 minutos. A arquibancada explodiu, e parecia que o Fortaleza teria uma tarde de tranquilidade. Parecia.
Veio a segunda etapa, e junto dela a reação rubro-negra. Hyoran entrou incendiando o meio de campo, Ramírez brigava com os zagueiros, e Romarinho tentava furar a muralha. Mas quem se agigantava era João Ricardo. Defesa no canto, defesa no alto, defesa até no instinto. A cada bola afastada, o Castelão segurava a respiração. O goleiro, por sua vez, parecia viver um daqueles dias em que nada passa.
A reta final foi um exercício de sobrevivência: Sport acumulava escanteios, finalizações e até uma bola na trave, mas o placar não se mexeu. Quando o árbitro soprou o apito aos 52 do segundo tempo, o Castelão respirou aliviado. Vitória do Fortaleza por 1 a 0.
Ficou a sensação de que o jogo poderia ter outro desfecho, mas no futebol, às vezes, basta um instante de brilho e noventa minutos de resistência. Sasha garantiu o gol. João Ricardo escreveu a crônica da partida.
Na briga para fugir do descenso, o Fortaleza somou três pontos e segue sonhando em sair da zona de rebaixamento. Já o Sport volta a amargar mais uma derrota e segue na lanterna da competição.