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Esportes

Em novo caso de injúria racial, Procuradoria pede multa e perda de mando de campo para o Águia Negra

TJD-MS investiga ofensas racistas dirigidas a jogador do Corumbaense por torcedor do Águia Negra durante partida do Estadual Série A
Osvaldo Sato -
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Fato ocorreu em Rio Brilhante, em jogo válida pela primeira fase do Sul-mato-grossense (Foto: Redes Sociais)

Mais um caso de injúria racial foi registrado nos campos de de , desta vez em uma partida do campeonato estadual da Série A. Segundo denúncia da Procuradoria da Justiça Desportiva de MS, o incidente ocorreu na partida entre Águia Negra e Corumbaense, válida pela primeira fase da competição.

Segundo a denúncia protocolada na sexta-feira (7) no TJD-MS, o fato aconteceu no dia 2 de março, em , e terminou com a vitória do Águia Negra por 3 a 2. O documento menciona que foram proferidas expressões injuriosas e ofensivas, como “escravo”, “preto” e ““, dirigidas a um jogador durante o seu aquecimento antes do jogo, sendo presenciadas e testemunhadas por um gandula.

Anteriormente, na última terça-feira (4), a mãe de um atleta denunciou injúrias raciais proferidas por um torcedor durante a partida entre Pantanal e Náutico, válida pelo torneio juvenil MS Cup. As palavras utilizadas incluíam “preto”, “macaco”, além de outros xingamentos de teor racista. Após o tumulto, a partida foi paralisada e a organização do torneio excluiu ambas as equipes da competição.

No caso ocorrido na partida da Série A, o processo segue no TJD-MS. O Esporte Clube Águia Negra foi citado para responder à denúncia, com base no artigo 213, inciso II, e no artigo 243-G, §§ 2º e 3º, todos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Esses artigos tratam de infrações relacionadas à “conduta discriminatória”, como o uso de insultos e expressões preconceituosas de qualquer natureza, envolvendo atos de discriminação racial, religiosa, de gênero, entre outras. Nos §§ 2º e 3º, são especificadas as punições para esse tipo de comportamento.

A Procuradoria pediu a aplicação de uma multa no valor de R$ 5 mil e a perda de um mando de campo na atual competição, na qual o Águia Negra segue vivo após eliminar o nas quartas de final, em decisão por pênaltis. Seu adversário na semifinal será o Ivinhema.

Com a denúncia, o julgamento estava marcado para o dia 10 de março, mas foi retirado de pauta para uma sessão posterior.

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