O Colo-Colo jogará de portões fechados na Libertadores. A punição foi decidida pela Unidade Disciplinar da Conmebol um dia após o caos que aconteceu durante a partida do clube contra o Fortaleza. A confusão, iniciada do lado de fora do estádio, entre torcedores e a polícia, terminou com invasão do campo e duas pessoas mortas.
A decisão, publicada pela confederação na noite desta sexta-feira, ainda é provisória, até que seja revogada ou haja outra punição definitiva. A Conmebol não veta o público em partidas das competições nacionais chilenas.
O clube poderá ter, no máximo, 70 pessoas na sua delegação, entre jogadores, comissão técnica, equipe médica e dirigentes. A Federação Chilena de Futebol (FCF) poderá ter 20 membros. O número de gandulas permitido será limitado a 12.
A limitação de 70 integrantes também é válida para a delegação das equipes visitantes. Jornalistas credenciados não poderão sair das áreas destinadas à imprensa e deslocar-se para a arquibancada.
Ainda não há definição sobre os pontos da partida disputada na noite de quinta-feira. No Manual de Clubes da Libertadores de 2025, o artigo 5.1.11.4 trata do cancelamento da partida.
Nele, está prevista uma eventual responsabilização ao clube, caso ele seja julgado como responsável pelo ato, “nos casos em que a interrupção foi imputável aos clubes ou às pessoas para quem estes podem ser responsabilizados por regulamento ou disciplina, pelas disposições do Código Disciplinar, além de arcar com todos os custos da retomada da partida”.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cita o documento e o Código Disciplinar para solicitar que seja definida vitória do Fortaleza pelo placar de 3 a 0 “em razão da responsabilidade do clube mandante, de acordo com o previsto no artigo 6, item 3, “g” e 24, item 2 do Código Disciplinar da Conmebol”.
Como o duelo foi interrompido quando a partida ainda estava empatada por 0 a 0, o Fortaleza busca uma vitória por W.O., já que o Colo-Colo deveria ser responsável pela integridade dos atletas e assegurar as devidas condições para a realização da partida. Se for considerado culpado, o clube chileno pode até ser expulso da Libertadores.
A confusão terminou de maneira trágica, com a morte de dois jovens nos arredores do Estádio Monumental. Para piorar a história, o time de juniores do clube chileno também saiu prejudicado. Em meio ao conflito com a polícia, membros de uma uniformizada da equipe da casa vandalizaram o ginásio da base e furtaram uniformes.