Fluminense empata no fim contra o Argentinos Juniors em jogo com expulsões e atacante no gol
A partida de volta será na próxima terça-feira, no Maracanã, e o Fluminense terá a força da torcida para carimbar a vaga às quartas de final
Agência Estado –
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Uma noite que poderia ser de drama e derrota acabou com festa da torcida e do time do Fluminense. A equipe brasileira somou um ótimo empate em Buenos Aires no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, por 1 a 1, diante do Argentinos Juniors. Depois de passar enorme sufoco no primeiro tempo, sair em desvantagem no marcador e ver Marcelo expulso no começo da fase final após lance assustador com pisão em Sánchez, o vermelho do goleiro rival e a consequente ida de um atacante para o gol – já havia feito as cinco trocas -, acabou ajudando os cariocas a buscarem a igualdade no fim.
A partida de volta será na próxima terça-feira, no Maracanã, e o Fluminense terá a força da torcida para carimbar a vaga às quartas de final. Mas terá de jogar bem mais que o apresentado na Argentina, diante de um rival bem treinado. Apenas a vitória vale a classificação direta. Qualquer empate leva a decisão para pênaltis.
Fernando Diniz optou por escalação ofensiva, com Marcelo de volta à lateral-esquerda e Lima um pouco mais recuado, como segundo volante, ao lado de André, para dar liberdade a Ganso, Arias, Keno e Cano na frente. Queria surpreender em Buenos Aires
Em um clima bastante hostil, com arquibancadas lotadas no acanhado estádio e muita pressão, o Fluminense iniciou o jogo acuado e vendo os argentinos partirem para o ataque. Logo aos quatro minutos, após cobrança de falta, a bola bateu no braço de André, dentro da área, e o frisson pelo pênalti foi gigante. Após consulta do VAR, a arbitragem mandou seguir, alegando que o volante apenas se defendeu.
Logo depois, mais uma pressão na arbitragem após entrada mais dura de Ganso. O juiz mandou a bola rolar e irritou mais uma vez os mandantes. Jogando do meio para a frente, e embalado pelos cânticos das arquibancadas, o Argentinos Juniors tentava deixar os nervos no lugar para tentar tirar o zero do placar. O Fluminense marcava bem, mas apenas se resguardava, em postura perigosa.
Acabou resistindo por somente 14 minutos, quando Cabrera tocou de cabeça para Avalos acertar o voleio e abrir o marcador. O camisa 9 celebrou mostrando os muques, em celebração parecida com o flamenguista Gabriel Barbosa. Se fez 15 gols no Campeonato Argentino, o paraguaio ainda não havia anotado na Libertadores.
Irreconhecível em campo, o time brasileiro não conseguia sequer trocar passes. Felipe Melo, após dar entrada dura por trás, ainda se desentendeu com Villalba e acabou pendurado com cartão amarelo logo aos 15 minutos. Nada dava certo e Marcelo quase entregou logo depois. Fernando Diniz gritava, desesperado na beira do campo tentando ajustar o time.
O Fluminense teve duas chances de empatar e não aproveitou pelo fato de seus jogadores não dominarem a bola. Primeiro com Cano, que trombou com o goleiro, e depois com Ganso, após ótimo lançamento de Keno. O meia se lamentou. Arias ainda parou no goleiro. Depois de quase meia hora de desespero, o Fluminense começou a equilibrar as ações.
E quando merecia o empate, deu espaços e quase acabou castigado. Em contragolpe rápido após bote errado de Nino, Ávalos saiu cara a cara e exigiu excelente defesa de Fábio com o joelho. Os cariocas reclamaram de um toque de mão na origem do lance, ignorado pelo árbitro. Para sorte dos brasileiros, Ávalos sentiu uma lesão ainda na primeira parte e saiu.
Em novo erro, desta vez de André na saída de bola, Fábio mais uma vez salvou o Fluminense. No último minuto dos acréscimos, o goleiro trabalhou de maneira gigante, evitando gol de Bittolo que também chegou livre para ampliar após roubar a bola do volante. O árbitro terminou a etapa e os brasileiros saíram conversando em busca de um acerto no campo.
Diniz optou pela manutenção da equipe para a etapa final, confiante em uma reação. A missão era inglória, contudo, levando em consideração as últimas nove vezes em que o Fluminense saiu em desvantagem, pois perdeu em sete – todas sem conseguir anotar
Apois Moyano bater assustando, André teve duas chances em sequência para igualar a partida. O volante acertou a trave e a bola voltou para ele mandar pelo alto. Logo depois, um lance assustador. Marcelo tenta drible em Sánchez e acaba pisando na perna do defensor. O lateral ficou totalmente abalado ao ver o rival machucado gravemente no chão – acabou retirado de maca e levado direto para o vestiário com suspeita de fratura. Ainda acabou expulso após revisão do VAR, mesmo todo o time alegando que não foi intencional. Saiu de campo chorando.
Diniz acabou obrigado a tirar Ganso para reorganizar a defesa com Diogo Barbosa. Mesmo com um a menos, o Fluminense poderia voltar com um resultado positivo. Keno, de fora da área, acertou a trave.
Os argentinos não aproveitaram a vantagem numérica e viram seu goleiro expulso aos 32 minutos ao trombar com Diogo Barbosa fora da área. O substituto de Marcelo recebeu ótimo lançamento e tinha tudo para empatar. Como Gabriel Milito já havia feito as cinco trocas, o atacante Heredia acabou indo para o gol.
E nada pôde fazer no belo chute de Samuel Xavier. Cano tocou de primeira, Leo Fernandez ajeitou e o lateral-direito, na esquerda, mandou no ângulo, de sem pulo, igualando o placar aos 41 minutos. Leo Fernandez ainda anotou aos 52, para virar o placar, mas o VAR acusou impedimento.
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