GP de São Paulo quer se antecipar à F-1 e neutralizar emissão de carbono até 2025

Para isso, diversas medidas estão sendo desenvolvidas

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(Foto: Divulgação)

A Fórmula 1 tem como meta zerar a sua emissão de poluentes até 2030. Para isso, diversas medidas estão sendo desenvolvidas, sendo uma das principais a busca por um combustível 100% sustentável até 2026. A organização do Grande Prêmio de São Paulo quer antecipar essas marcas e pretende neutralizar todas as emissões até 2025.

Com o objetivo definido, diversas atividades devem ser repensadas e remodeladas. Para ser net zero, a organização terá de zerar as emissões líquidas de carbono, sejam elas produzidas de maneira direta ou indireta por todos os envolvidos no evento. A compensação, por sua vez, busca anular as emissões com ações ecológicas, como plantio de árvores e reciclagem de materiais.

“Levamos muito a sério a ideia da sustentabilidade. Nossa governança em relação ao meio ambiente, diversidade e inclusão não é só papo. Primeira coisa é você poder medir o seu impacto, para isso contratamos uma consultoria para de fato conseguir a neutralização. O mais importante é reduzir as emissões, a geração de lixo e temos várias iniciativas para isso”, explica ao Estadão o CEO do GP de São Paulo de Fórmula 1, Alan Adler.

Entre as iniciativas citadas por Alan Adler, há três medidas que o CEO entende serem fundamentais e que envolvem não apenas a direção do evento, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e as equipes, mas o público que comparece às atividades do fim de semana.

“Reutilizar, reaproveitar e educar. Educar faz parte disso. Transformar em questões sociais, impor a destinação correta. O objetivo é chegar em 2025 totalmente zero. A gente quer 2025, a Fórmula 1, até 2030, com uso de um tipo de combustível renovável”, afirmou Alan Adler, que também valoriza a posição do País como um polo ecológico relevante para o futuro. “O Brasil tem uma posição privilegiada. Nesta crise de combustível vimos isso. Diria que o Brasil tem bastantes oportunidades”, pontua Adler.

De acordo com a organização do GP brasileiro, durante a edição de 2021 do evento foi feito um diagnóstico da coleta de resíduos que ditará as mudanças sustentáveis das temporadas seguintes.

ALIMENTOS

No Autódromo de Interlagos, são distribuídas caixas tetrapak de água, que serão após seu uso recicladas, transformadas em telhas e destinadas a comunidades locais. Sobras de alimentos serão destinadas a diferentes instituições. O lixo orgânico gerado no GP deste ano será transformado em adubo a ser usado por hortas vizinhas. A equipe das cozinhas montadas para atender o público em Interlagos foram treinadas para dar a destinação correta a esses resíduos. Cada tonelada de lixo orgânico gera 100 quilos de fertilizantes. Outros 90 integrantes de uma cooperativa fazem a coleta de itens recicláveis.

NAS PISTAS

Cerca de 10 mil pneus utilizados nas barreiras de proteção de todo o Autódromo de Interlagos serão triturados após o fim de semana, e o material resultante será devolvido ao mercado. O mesmo ocorre com os óleos utilizados pelos carros durante o fim de semana. Pela primeira vez, a organização coletou todos os óleos utilizados nos carros e fará novo refino.

Focada na compensação das emissões de carbono no evento deste ano, a organização também promove parcerias para obter créditos e adquirir unidades de estocagem de carbono originados na capital paulista e para a preservação da Floresta Amazônica.

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