De MS, Leonardo de Deus chega nas finais da natação em Tóquio

O atleta de 30 anos avançou à final da prova com o segundo melhor tempo

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Depois de ver Fernando Scheffer encerrar o jejum de medalhas do Brasil em Olimpíadas, Leonardo de Deus manteve o embalo do compatriota e brilhou nas semifinais dos 200 metros borboleta nos Jogos de Tóquio, na noite desta segunda-feira, pelo horário de Brasília. O atleta de 30 anos avançou à final da prova com o segundo melhor tempo.

O nadador do Mato Grosso do Sul, da Unisanta, completou a distância em 1min54s97. Só ficou atrás do húngaro Kristof Milak tanto na sua bateria quanto no resultado geral das semifinais. Milak é o atual recordista mundial da prova e anotou 1min52s22, confirmando seu favoritismo. Sua meta é quebrar agora o recorde olímpico, que ainda pertence ao americano Michael Phelps (1min52s03, registrado nos Jogos de Pequim-2008).

Em sua terceira Olimpíada, Leonardo de Deus chega à final dos 200m borboleta pela primeira vez em uma edição dos Jogos Olímpicos. No Rio-2016, não passou da semifinal. Nesta segunda, se tornou o segundo brasileiro a alcançar a final desta prova. O primeiro foi Kaio Márcio Almeida, sétimo colocado em Pequim-2008

Leonardo de Deus garantiu ainda a terceira final do Brasil na natação em Tóquio. Antes dele, Fernando Scheffer e o revezamento 4×100 metros livre entraram na disputa por medalha. Scheffer obteve o bronze nos 200m livre nesta segunda, enquanto o revezamento ficou longe do pódio no domingo – ficou em 8º e último lugar.

Entre as finais disputadas nesta noite, o Comitê Olímpico da Rússia se destacou com dobradinha nos 100 metros costas masculino. Evgeny Rylov faturou o ouro, com o tempo de 51s98, enquanto Kliment Kolesnikov levou a prata, com 52s00. O americano Ryan Murphy, que era o maior favorito, ficou com o bronze, com 52s19.

Os Estados Unidos não perdiam esta prova há seis edições dos Jogos Olímpicos. Murphy era o atual campeão olímpico. No entanto, a dupla russa veio com força e encerrou um longo jejum de ouros na natação. O país, que compete sob a bandeira de seu comitê olímpico por conta de punição do Comitê Olímpico Internacional (COI), não subia ao lugar mais alto do pódio desde que Alexander Popov venceu os 50m e 100m livre em Atlanta-1996.

No feminino, a australiana Kaylee McKeown se sagrou campeã olímpica dos 100m costas com o tempo de 57s47. O pódio teve ainda a canadense Kylie Masse, prata, com 57s72, e a americana Regan Smith, bronze, com 58s05.

Nos 100m peito, a americana Lilly King não conseguiu confirmar o favoritismo e teve que se contentar com o bronze, com 1min05s54. A vencedora da prova foi a compatriota Lydia Jacoby, com 1min04s95, seguida da sul-africana Tatjana Schoenmaker, com 1min05s22. King é a atual bicampeã mundial, campeã olímpica e recordista mundial.

Entre as disputas eliminatórias, o destaque foi a italiana Federica Pellegrini. Aos 32 anos, perto da aposentadoria, ela se tornou a primeira mulher da história da natação a chegar a cinco finais numa mesma prova em Olimpíadas ao avançar à disputa de medalha nos 200m livre nesta segunda. Já feito o mesmo nos Jogos de Atenas-2004, Pequim-2008, Londres-2012, Rio-2016. Entre os homens, somente Phelps obteve tal feito nos 200m borboleta em Sydney-2000, Atenas-2004, Pequim-2008, Londres-2012 e no Rio-2016.

 

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