O presidente Jair Bolsonaro foi ao estádio do Morumbi para acompanhar nesta sexta-feira a partida de abertura da entre Brasil e Bolívia e se queixou do local reservado para ele e outras autoridades assistirem ao jogo. No intervalo da partida, o presidente foi questionado pela reportagem do Estado sobre o rendimento da seleção (o placar estava 0 a 0) e respondeu: “Reclamei só do local, é ruim para ver o jogo”. Bolsonaro e sua comitiva deixaram o estádio aos 32 minutos do segundo tempo.

Os organizadores montaram uma tribuna para autoridades no andar térreo do Morumbi, quase na mesma altura do gramado. Os camarotes com melhor visibilidade para o campo, no entanto, ficam no terceiro andar do estádio.

Bolsonaro foi saudado aos gritos de “Mito” por alguns torcedores que estavam no camarote ao lado do espaço montado para receber autoridades. Ele posou para fotos e quebrou o protocolo ao ir para o campo no intervalo. “Posso descer?”, perguntou Bolsonaro ao segurança que fazia o controle de acesso. Como resposta, ouviu: “O senhor pode tudo”.

O presidente ficou na área atrás do banco de reservas da e não chegou a pisar no gramado. Bolsonaro acenou para o público e fez sinal de arma com as mãos. No retorno à tribuna, foi perguntado por um torcedor sobre qual era o seu palpite para o placar da partida. “Se for 1 a 0 está bom”, disse

Estavam na tribuna ao lado de Bolsonaro o seu filho e senador Flávio Bolsonaro, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e o senador Major Olímpio.

Bolsonaro sentou-se ao lado do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, para assistir ao jogo no primeiro tempo. Por alguns momentos, Bolsonaro desviou a atenção do jogo para, de cabeça baixa, manusear o aparelho celular. No segundo tempo, ele mudou de posição e ficou ao lado do ministro Osmar Terra.

A algumas cadeiras de distância ficou o presidente da CBF, Rogério Caboclo. Outros dirigentes esportivos assistiram ao jogo no mesmo espaço, como o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos.

No camarote ao lado do espaço reservado às autoridades, junto com torcedores, ficaram membros da comissão técnica da seleção e o goleiro Ederson, do Manchester City, cortado do jogo na véspera por causa de uma lesão na panturrilha direita. O coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, assistiu ao jogo ao lado do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim – ele é o chefe da delegação da seleção na Copa América.

Por causa da presença de Bolsonaro no Morumbi, o esquema de segurança foi reforçado. Foram destacados 3.016 agentes de segurança e 754 viaturas, número maior do que os da Copa do Mundo de 2014, segundo o Governo do Estado.