Ele revelou que se arrepende da decisão

Um dos episódios mais marcantes da história da Fórmula 1 aconteceu no Grande Prêmio da Áustria disputado em 12 de maio de 2002. Na ocasião, a Ferrari ordenou que o brasileiro Rubens Barrichello, então líder da prova, cedesse sua posição ao alemão Michael Schumacher, para que este abrisse uma distância ainda maior na luta pelo título. Quase 15 anos depois, Ross Brawn, um dos diretores da equipe, revelou que se arrepende da decisão.

“Refletindo, Áustria foi um erro. Antes da corrida, discutimos sobre como lidaríamos se essa situação acontecesse. Na prova, Rubens estava na frente de Michael, e dissemos: ‘pode deixá-lo passar agora?’. E ele respondeu: ‘Não! Não me façam fazer isso. Esta é a minha grande oportunidade de ganhar a corrida. Não podem fazer isso comigo'”, disse à F1 Racing .

A poucos metros do fim da corrida, Rubinho desacelerou, deixando de conquistar sua segunda vitória na categoria e vendo o alemão conquistar a 58ª. Logo após o encerramento da prova, a Ferrari foi alvo de vaias, e o descontentamento da torcida com a decisão era evidente. Quem também não estava feliz era Schumacher, que cedeu o troféu a Rubinho e dividiu o primeiro lugar no pódio com o brasileiro. Brawn revelou que a medida não deveria ter acontecido.

“Não tratamos a situação da melhor maneira e, se pudesse voltar atrás, não teria feito isso. Rubens não estava contente com o ocorrido e roubamos uma vitória que ele tinha conquistado. Depois da bandeirada, as coisas pioraram, porque Michael viu a reação do público, e isso fez com que ele colocasse Barrichello no primeiro lugar do pódio, além de que tivemos que pagar uma multa da FIA de um milhão de dólares”, finalizou.