Município ficou sem verbas externas, pois estava com ‘nome sujo'

Durante entrevista coletiva sobre os detalhes da passagem da Tocha Olímpica por Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (23), os secretários do município de Cultura, Emerson Borges, e de segurança pública, Luidson Noleto, se atrapalharam com o valor gasto pela Prefeitura da Capital no revezamento do ‘fogo sagrado'.

Enquanto explicava como será feito o esquema de segurança e o controle do trânsito, Noleto mudou de assunto e afirmou que “não foi possível receber recursos externos [para o evento] porque na época, a Prefeitura estava no Cadin [Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal]”. O valor foi de R$ 100 mil.

Em seguida, questionado sobre qual  foi o valor gasto pela Prefeitura no evento, que terá shows durante o trajeto e uma festa de encerramento no Parque das Nações Indígenas, o secretário de cultura disse que “Não tinha números exatos”. Que teria sido “o máximo”, disse. Ainda indagado sobre um valor aproximado, Borges disse não ter nem números aproximados. 

Nome sujo na Praça

Nome 'sujo' tirou de Campo Grande R$ 100 mil para evento da Tocha OlímpicaA restrição impedia que a Prefeitura conseguisse qualquer linha de crédito em bancos nacionais. Em abril, a Prefeitura de Campo Grande conseguiu liminar para retirar o município do Cadin, do Banco Central. O prefeito de , Alcides Bernal (PP), esteve em São Paulo para acompanhar julgamento que ocorreu no TRF (Tribunal Regional Federal) 3ª Região.

O Município estava negativado devido ao não recolhimento de Pasep dos servidores municipais entre 2002 e 2006, nas gestões de André Puccinelli (PMDB) e Nelson Trad Filho (PTB), com uma dívida acumulada de R$ 12,5 milhões.

(Colaborou Marta Ferreira)

(Matéria editada às 14h30 para acréscimo de informação)