Tiago Camilo supera cubano e é tri no judô nos Jogos Pan-Americanos

A cena se repete há oito anos

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A cena se repete há oito anos

A cena se repete há oito anos. E aconteceu mais uma vez na noite desta segunda-feira, no complexo esportivo de Mississauga, no Canadá. Depois de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e Guadalajara, Tiago Camilo brilhou em Toronto e voltou a subir no lugar mais alto do pódio. Na final, o experiente judoca superou o cubano Asley Gonzalez e salvou a honra brasileira no terceiro dia de competições da modalidade, que havia conseguido apenas três medalhas de bronze.

“Tem luta que dá para ganhar de ippon e tem outras que não dão. O importante é que veio a vitória. Foi uma luta bem acirrada e disputada na pegada, ele acabou recebendo punições por falta de ação e achei que não precisava me arriscar. Usei um pouco da minha experiência e da minha estratégia e venci”, comemorou após receber a medalha.

Tiago começou o combate mais agressivo e logo forçou um shido ao adversário. Pendurado, o cubano teve que atacar, mas acabou esbarrando na habilidade técnica do brasileiro, que soube defender bem todas as iniciativas do rival. Mesmo com a vantagem no placar, o judoca do País não quis saber de “administrar” a luta e seguiu em cima, incomodando Asley e forçando outra punição por falta de ação. Depois de cinco longos minutos, o resultado não podia ser diferente: mais um ouro ao, agora, tricampeão pan-americano.

“Fazia tempo que eu não ganhava né? Subir no lugar mais alto do pódio é muito especial, ainda mais nos Jogos Pan-Americanos, um tricampeonato… Tudo foi especial. Só pensava em lutar, me preparei psicologicamente para enfrentá-lo na final e só quando acabou mesmo eu percebi que tinha realizado isso”, completou.

Tiago Camilo percorreu um duro caminho até a final. Na estreia, contra o chileno Rafael Romo, o experiente brasileiro chegou a receber um shido (punição por falta ação) no combate, mas viu seu oponente ser punido duas vezes pela arbitragem e finalizou a luta com um belo ippon – golpe máximo do judô.

Na semifinal, protagonizou um clássico sul-americano contra o argentino Cristian Schmidt. Embalados pelos gritos da torcida, que até lembraram de músicas criadas na Copa do Mundo para provocar o rival, Camilo não teve problemas. Apesar de ter anotado um waza-ari logo no começo, ele avançou à decisão após o adversário receber quatro shidos, o que lhe garantiu na final da categoria dos médios (até 90 kg).

 

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