Torcedores do Coritiba e do Operário pediram a saída do governador do PR

O confronto entre a Polícia Militar (PM-PR) e os professores , na última quarta-feira, no bairro Centro Cívico, em Curitiba, foi lembrado nas arquibancadas do Estádio Couto Pereira. Antes da vitória do Operário por 3 a 0, que deu o título inédito ao time do interior , as duas torcidas fizeram protestos.

Na parte coxa-branca, uma faixa em cima da organizada Império Alviverde aparecia com os dizeres: “Todo apoio aos professores”. Logo depois, o material teve que ser retirado, já que o regulamento da competição proíbe faixas com teor político nos estádios.

Já uma hora antes de iniciar a partida, alguns gritos contra o governador do Estado, Beto Richa, foram entoados timidamente. Algo que aumentou com a proximidade do duelo decisivo. Vale lembrar que o político fi reeleito no primeiro turno, com 55% dos votos válidos – em Ponta Grossa, com 59% e, na capital paranaense, Richa teve 52%

Quando a arbitragem e os atletas dos dois times estavam enfileirados para a execução do Hino Nacional, as torcidas se uniram por um (alto) grito só: “Fora, Beto Richa!”. O cântico, pouco tempo depois, também teve outro alvo. Os policiais receberam protestos e a torcida gritou, em tom de rima, que é “a PM é a vergonha do Brasil”.

No meio da semana, mais de 200 pessoas ficaram feridas com as ações da PM-PR, sob a responsabilidade do governador do Paraná. Na quinta-feira, por exemplo, um jogador do Londrina, na disputa da final do Interior, também já tinha aproveitado o momento para criticar Richa – algo que tende a ser cada vez mais frequente.