Negociação de Neymar ao Barcelona é alvo de polêmica

Em decisão judicial proferida na última terça-feira e publicada nesta quarta-feira, Neymar e o pai foram intimados a entregar toda a documentação da venda do jogador do Santos para o Barcelona ao Fundo Terceira Estrela (Teisa), que detinha 5% sobre os direitos do jogador na época da negociação, em maio de 2013.

“Há robustas evidências de que o valor real envolvido na transferência do jogador tenha, de fato, sido ocultado pelos participantes diretos do negócio”, declarou, na sentença, a juíza Thaís Coutinho, da 11ª Vara Cível de Santos.

O fundo faz a mesma queixa do Grupo DIS e do Santos, alegando que recebeu um valor calculado sobre os R$ 17 milhões de euros (R$ 59 milhões), e não sobre os 86 milhões de euros (quase R$ 300 milhões) que o clube catalão desembolsou para contar com o craque catalão.

No dia 17 deste mês, o Tribunal de Justiça da Espanha aceitou nova denúncia no caso da transferência de Neymar para o Barcelona. Desta vez, a Audiência Nacional acolheu alegação da DIS – grupo que detinha 40% dos direitos do brasileiro na época da negociação – contra o clube catalão por fraude e corrução.

O Barça disse, à época, que havia desembolsado 57 milhões de euros (cerca de R$ 198 milhões), porém reconheceu depois que o custo foi superior a 86 milhões de euros (quase R$ 300 milhões). O Santos teria recebido apenas 17 milhões de euros (R$ 59 milhões). Já a empresa do pai do brasileiro levou 40 milhões (R$ 140 milhões).