Com apoio de clubes, MP do Futebol tem dia-chave na Câmara

A tarde desta terça-feira é decisiva para a aprovação da MP do Futebol 

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A tarde desta terça-feira é decisiva para a aprovação da MP do Futebol 

A tarde desta terça-feira (7) é decisiva para a aprovação da MP do Futebol , que busca refinanciar as dívidas fiscais dos clubes brasileiros. O relatório da medida provisória, que tem prazo de validade até 17 de julho,  tem votação marcada na Câmara.

Se antes era difícil ver clubes apoiarem publicamente a MP, que exige contrapartidas de gestão dos clubes e federações brasileiras, o cenário hoje já é diferente. As contas variam, mas cerca de 10 clubes tradicionais do País apoiam o texto atual da medida, de acordo com pessoas próximas das negociações do texto.

O Bahia divulgou publicamente o seu apoio na última semana, enquanto Flamengo e Atlético-PR , através de seus presidentes, participaram na última segunda ao lado do Bom Senso FC, de um evento em São Paulo pedindo para que a MP seja colocada em votação na Câmara nesta terça . O Coritiba também foi um clube que participou ativamente das negociações nos últimos meses.

O Corinthians deveria participar do evento com o presidente Roberto de Andrade, mas ele acabou não comparecendo.  Não foram divulgados os motivos para a ausência, mas os presentes garantiram que o Corinthians participa ativamente das discussões através do superintendente de futebol e deputado Andrés Sanchez.

Além do Bom Senso, o Flamengo deve ter um representante em Brasília para pressionar que a votação seja feita. Peter Siemsem, do Fluminense, deve ao menos mandar um representante. Do Nordeste, Bahia, Vitória e Sport devem marcar presença.

Quem apoia a aprovação da MP no modelo atual acredita que se ela for para votação deve ser aprovada, até mesmo pela proximidade com o aniversário de um ano da derrota do Brasil por 7 a 1 contra a Alemanha na Copa, na próxima quarta-feira, que cria um clima favorável a mudanças.

A questão é a dificuldade para colocar ela em votação. Na semana passada, membros da chamada da Bancada da Bola exigiram quatro mudanças no texto: o fim da exigência da Certidões Negativas de Débitos para participar de campeonatos, a obrigação de auditorias externas nos clubes de três em três meses, o fim da exigência de votos qualitativos nas eleições de federações e obrigação de déficit zero nos clubes até 2020. Na visão de quem é a favor da MP, todos esses pontos já foram negociados e discutidos, e não há motivo para mais mudanças.

O problema é o risco de a medida perder o prazo. É necessário que ela seja aprovada na Câmara e no Senado até o dia 17 de julho, senão perderá validade. Além disso, ela ainda precisa ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Há a dúvida sobre se isto será feito caso a MP seja profundamente alterada durante as negociações.

 

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