Mesmo com divulgação de gravações, UFMS emite nota negando envolvimento de Dorsa em concurso
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) divulgou nota de esclarecimento em que enfatiza que o médico José Carlos Dorsa não tinha conhecimento da aprovação de parentes e assessores da reitora Célia Maria Oliveira, antes da divulgação dos resultados de dois concursos. Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal reveladas no programa Bom dia […]
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A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) divulgou nota de esclarecimento em que enfatiza que o médico José Carlos Dorsa não tinha conhecimento da aprovação de parentes e assessores da reitora Célia Maria Oliveira, antes da divulgação dos resultados de dois concursos.
Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal reveladas no programa Bom dia MS, da TV Morena, mostram que o concurso seria controlado pelo então diretor-geral do hospital, Dorsa, que pede para ver a lista de aprovados, para não ser ‘ludibriado’.
Dorsa ainda reclama, sem saber que estava sendo gravado, que “arranja emprego para todo mundo ganhar (R$) 15mil, 20 mil e 30 mil”, mas que não estaria sendo ajudado o suficiente.
O Midiamax também ouviu um servidor que denuncia o grau de parentesco. Aberto para a contratação de 40 assistentes administrativos, o primeiro concurso suspeito tem como primeira colocada Dalva Maciel Correa, prestadora de serviços à UFMS e irmã da assessora da reitora, Jaqueline Maciel Correa.
Com a mesma pontuação, o segundo colocado do concurso foi Brayan Correa de Campos, filho de Jaqueline Correa. Antonio Lopes de Oliveira, sétimo colocado com 92 pontos, era prestador de serviços há mais de dez anos, vinculado à Propp (Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação).
Pouco abaixo na lista de aprovados, em 14º lugar, aparece o nome de Alexandre Moreira do Carmo Lewergger, genro da reitora da UFMS, ainda conforme denúncia recebida pelo Midiamax.
Na lista ainda aparece o nome de Samella Valle dos Santos, esposa de Brayan, que obteve 82 pontos.
Segundo a nota de esclarecimento, a Copeve, responsável pelo concurso, ao processar as informações “desconhece as particularidades de cada candidato, restringindo-se apenas às informações necessárias como nome, CPF e RG”.
Confira a nota na íntegra clicando o link: http://www-nt.ufms.br/news/view/id/2089.
Dorsa é um dos nomes envolvidos na Operação Sangue Frio, que revela esquema de desvio de dinheiro público nos hospitais do Câncer e Universitário. Junto com a reitora da UFMS, Dorsa também está entre os depoentes para a CPI da Saúde da Câmara de Campo Grande.
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