Pular para o conteúdo
Economia

Industriais buscam parceiros nos EUA para tentar reverter tarifaço

Os industriais estão nos Estados Unidos em uma comitiva liderada pela CNI
Agência Estado -
Agência Brasil

Industriais brasileiros articulam com empresários estadunidenses uma ação conjunta para pressionar o governo de Donald Trump a negociar o tarifaço com o governo do Brasil. Os industriais estão nos Estados Unidos em uma comitiva liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Participam da missão os dirigentes das federações das indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Paraná (FIEP), Paraíba (FIEPB), (FIRJAN), Rio Grande do Norte (FIERN), Santa Catarina (FIESC), Goiás (FIEG) e (FIESP).

“O setor industrial brasileiro articulou com parceiros americanos para que também pressionem o governo dos EUA em busca de um consenso para superar a crise. Estamos trabalhando juntos para que ambos os governos se sentem à mesa e encontrem uma saída para esse impasse”, afirmou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe.

Além dos representantes de associações de setores industriais, a missão internacional da CNI, que teve encontros em Washington, capital dos EUA, ontem e nesta quinta-feira (4), conta com aproximadamente 80 empresários brasileiros e 50 norte-americanos.

“O resultado imediato é o fortalecimento da sinergia entre empresários e a construção de um trabalho conjunto que renderá frutos. Acredito que esse esforço em cada país será capaz de mobilizar forças políticas na direção correta para superarmos essa crise”, acrescentou Roscoe.

De acordo com o presidente da FIEG, André Rocha, a intenção da ação dos empresários é a de conseguir reduzir as taxas ou aumentar a lista de produtos isentos do tarifaço.

“Estamos tratando com as contrapartes, com a Câmara de Comércio Americana, a US Chamber, justamente para tentar reduzir as tarifas ou conseguir também uma nova lista de exceção”.

Enfrentar equívocos políticos

O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que a missão busca estabelecer critérios técnicos para a negociação, mas também combater equívocos de ordem política entre os dois países.

“O que nós queremos aqui é garantir uma porta de diálogo, garantir que uma mesa de negociação possa existir e que nessa mesa os argumentos técnicos, comerciais e econômicos possam ter a sua preferência, possam ter a sua importância e, com isso, nós criarmos alternativas para enfrentar possíveis entendimentos ou equívocos que vêm da ordem política ou geopolítica”, disse.

Interferência política
O tarifaço faz parte de uma série de ações dos Estados Unidos para tentar interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados pela tentativa de de Estado. A atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que está morando nos Estados Unidos, em favor das sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras, passou a ser investigada pela Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República.

Os norte-americanos abriram uma investigação comercial contra o Brasil e adotaram tarifas de 50% sobre importações de produtos brasileiros, patamar entre os mais altos anunciados até agora na guerra comercial promovida por Donald Trump.

Além disso, o mandatário assinou uma Ordem Executiva (OE) em que considera o Brasil uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional dos EUA, classificação semelhante à adotada contra países considerados hostis a Washington, como Cuba, Venezuela e Irã.

Medidas do governo brasileiro

O anunciou no último dia 13 uma série de medidas de apoio às empresas, aos exportadores e trabalhadores afetados pelas sobretaxas impostas pelos Estados Unidos contra os produtos brasileiros.

Chamadas de Plano Brasil Soberano, as medidas pretendem fortalecer o setor produtivo; proteger os trabalhadores; e avançar em soluções diplomáticas, comerciais e multilaterais.

Entre as principais ações, estão novos linhas de crédito. Apenas do Fundo Garantidor de Exportações serão R$ 30 bilhões, conforme anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os recursos serão usados como funding para a concessão de crédito com taxas acessíveis e, também, para ampliar as linhas de financiamento às exportações. Empresas mais afetadas terão preferência para obter crédito, levando em conta a dependência do faturamento em relação às exportações para os EUA; tipo de produto; e o porte de empresa.

No caso das pequenas e médias empresas, elas também poderão recorrer a fundos garantidores para acessar o crédito. O governo ressalta que o acesso às linhas estará condicionado à manutenção dos empregos.

Estão previstos, também, aportes de R$ 4,5 bilhões em fundos garantidores; e R$ 5 bilhões em crédito pelo novo Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários (Novo Reintegra).

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

VÍDEO: Gol fica destruído por incêndio no Jardim Leblon

Uruguai, Paraguai e Colômbia carimbam vaga para a disputa da Copa do Mundo de 2026

Irmãos condenados por estupro de crianças são presos em Terenos

vacina covid-19

Covid é principal causa de internação por síndrome respiratória no Rio

Notícias mais lidas agora

Deputado do RJ usava loja do Flamengo em Campo Grande para lavar dinheiro de facção, diz MP

VÍDEO: Crianças se arriscam em quadriciclo em meio a carretas e carros na BR-163

Após 30 anos, Teatro José Octávio Guizzo é reinaugurado em Campo Grande

mega-sena

Apostas de Campo Grande e Ponta Porã ganham R$ 22 mil cada na Mega

Últimas Notícias

Polícia

Um é preso com carro roubado no DF e 1,3 tonelada de maconha

A droga apreendida está avaliada em R$ 3,8 milhões

Trânsito

VÍDEO: incêndio destrói carreta em Iguatemi

A informação é a de que ninguém ficou ferido

Esportes

Brasil é dominante e vence Chile em noite do 1º gol de Estêvão e retorno triunfante de Paquetá

A noite foi especial também para Lucas Paquetá

Trânsito

VÍDEO: sucuri é flagrada entre rodas de caminhão após viajar por alguns quilômetros

Se deparou com uma cobra sucuri entre as rodas traseiras do veículo