Com cesta básica 60% mais cara, 27 mil lares de MS precisaram cortar alimentos das crianças

Famílias de MS precisam reduzir a qualidade e a quantidade de alimentos na mesa

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(Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

Em Mato Grosso do Sul, 226 mil domicílios vivem em situação de insegurança alimentar de leve a grave e a vulnerabilidade aparece em cenário de alta expressiva da alimentação. É o que consta em levantamento do Dieese/MS sobre os últimos quatro anos, segundo o qual adquirir uma cesta básica de alimentos ficou 60% mais caro.

Em janeiro de 2020, o campo-grandense precisava de R$ 458 para adquirir uma cesta básica, mas o custo dos itens teve um salto expressivo em quatro anos, chegando a R$ 736 em janeiro de 2024, conforme dados do Dieese/MS. Como consequência, famílias precisam reduzir a qualidade e a quantidade de alimentos na mesa para se adequar aos preços.

Dados da Pnad Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que em 27 mil domicílios há privação de alimentos até mesmo para as crianças, o que significa insegurança alimentar grave.

Em outras 42 mil casas, as famílias precisaram restringir a quantidade de alimentos de algum modo, devido à situação de insegurança alimentar moderada. E a qualidade dos alimentos precisou mudar em 157 mil domicílios de Mato Grosso do Sul, como característica de insegurança alimentar leve.

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