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Economia

Anúncios em carros de aplicativo prometem a partir de R$ 200 a motoristas, mas a prática é permitida?

Os anúncios pagos representam um nível a mais da crescente flexibilização e informalização do mercado de trabalho
Valesca Consolaro -
(Foto: Ilustrativa, Midiamax)

Na era dos “publis” — publicidade paga —, motoristas de aplicativos começaram a obter renda extra com esse tipo de serviço. Estima-se que seja possível tirar pelo menos R$ 200 por mês com os anúncios. Recentemente, a reportagem do Jornal Midiamax se deparou com a divulgação de um anúncio desses para motoristas interessados em fazer um dinheiro extra.

(Reprodução, Facebook)

“Preciso de motorista que queira ganhar grana extra por mês, R$ 300 (R$ 200,00 e R$ 100 em vouchers)”, informava a publicação. Para aderir, o interessado apenas deveria adesivar o veículo com a marca de anunciantes e comprovar a realização de corridas com o mesmo carro e fotografias.

Conforme o próprio anunciante, o trabalho vale a pena e gera uma renda extra sem muito esforço ou trabalho a mais. Tal forma de ganhar um dinheiro a mais representa mais do que isso: a adaptação do trabalhador aos novos modelos de mercado e próprio setor publicitário mergulhando em mais uma esfera do cotidiano.

Além disso, aliado à necessidade do trabalhador em complementar a própria renda, os anúncios pagos representam um nível a mais da crescente flexibilização e informalidade do mercado de trabalho. Enquanto isso, o mercado publicitário ganha cena em mais uma “tela”, em meio aos painéis de led — o novo outdoor — e dos “publis” veiculados por pessoas nas redes sociais.

Motoristas aderem aos anúncios?

Quanto ao interesse por parte dos motoristas, o anunciante explicou que isso depende muito do valor oferecido. Segundo Diego Raulino, que atua como motorista de aplicado em , o trabalho compensa. Ele explica que, muitas vezes, o que falta é oportunidade.

“Com certeza, quando chega até o motorista esse tipo de propaganda, ele aceita sim fazer, porque é um ganho extra que a gente não faz praticamente esforço algum. Basta disponibilizar o vidro traseiro e pronto, ganhos excelentes”, disse.

Diego conta que o ganho é apenas um complemento, mas que faz muita diferença. “Os anúncios geralmente pagam R$ 200 por mês, então apenas serve como complemento”, lembrou.

Tais anúncios são permitidos?

Diante da relação existente entre o motorista e as empresas de aplicativo, o Jornal Midiamax procurou por algumas delas.

A 99 Pop informou que o motorista parceiro é autônomo e tem a liberdade de realizar atividades em seu veículo, se forem legalizadas, cumprirem a legislação de trânsito e de privacidade aplicável em âmbito federal, estadual e municipal e não infringirem os Termos de Uso da plataforma.

“Para os motoristas parceiros, a 99 oferece iniciativas para facilitar a vida deles, focando em aumentar seus ganhos, reduzir custos operacionais e melhorar a experiência dentro da plataforma. Muitas das ações são desenvolvidas pelo DriverLAB, centro de inovação da 99, criado em 2022, que visa investir R$ 250 milhões na área até 2025”, informou em nota.

Ainda segundo a 99, desde a sua criação, a empresa direcionou investimentos para ações exclusivas. Uma delas, o “Cola com a 99”, presente em Recife, Salvador, Fortaleza, Rio de Janeiro e , que seleciona condutores para adesivarem seus carros com a marca da 99, recebendo incentivos semanais diretamente na carteira do motorista.

Conforme balanço divulgado, em dois anos de DriverLAB, mais de 5 mil motoristas parceiros da plataforma já adesivaram seus veículos com comunicação da 99, gerando uma economia de mais de R$ 3,5 milhões aos trabalhadores.

A reportagem também tentou contato com outras empresas de aplicativo, a exemplo da Uber que está entre as mais conhecidas, para saber se gostariam de dizer algo sobre o assunto. Entretanto, não houve retorno até a publicação. O espaço permanece aberto para acréscimo de informação.

Recomendação do MPMS sobre anúncios políticos

Em meio à proximidade das eleições municipais 2024, na sexta-feira (16), o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) publicou, em seu Diário Oficial, uma recomendação aos partidos políticos, federações, coligações e candidatos, para que se abstenham de disponibilizar adesivos contendo propaganda eleitoral a motoristas de carros de aplicativos de transporte.

Além disso, o MPMS orientou as empresas de transporte por aplicativo — “UBER”, “99 POP”, “In Drive”, “Bolt” e “Lyft” — a notificarem os motoristas cadastrados para não colocarem adesivo alusivo
ao pleito eleitoral, que possa configurar propaganda eleitoral.

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