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Economia

LISTA: Em Mato Grosso do Sul, Lojas Americanas devem internet, energia e vários fornecedores

Varejista está em recuperação judicial e tem dívidas com pessoas físicas e empresas de MS
Priscilla Peres -
Americanas
(Foto: Nathalia Alcantara/Midiamax)

Em recuperação judicial e com dívidas de mais de R$ 40 bilhões, o futuro das Lojas Americanas é incerto. Em Mato Grosso do Sul, as dívidas deixadas pela empresa e que somam R$ 30 milhões, incluem principalmente contratos de fornecimento de e de produtos alimentícios e têxteis.

O Jornal Midiamax apurou que das 49 empresas listadas entre os credores das Lojas Americanas, ao menos oito são de contratos de internet. A rede de lojas deve mais de R$ 7,2 mil só a empresas que fornecem internet para lojas de Paranaíba, Jardim, Aparecida do Taboado, , e Três Lagoas.

As Lojas Americanas também têm dívidas com pelo menos cinco prefeituras do Estado, que se aproximam de R$ 16 mil e provavelmente são do não pagamento de impostos municipais.

Além destes, estão inclusos diversos fornecedores de produtos, entre alimentos, vestuário e bebidas. E indústrias, que são os credores com as maiores dívidas, entre elas a Dimatex que tem R$ 3,7 milhões a receber, a International Paper com dívida de R$ 21 milhões e a Metalfrio, com mais de R$ 1 milhão a receber das Lojas Americanas.

A rede de lojas também deve grandes quantidades para empresa de segurança. À Energisa, concessionária de Energia, a dívida soma pouco mais de R$ 20 mil.

Americanas pedem à justiça para não ter serviços cortados

Nesta semana, as Lojas Americanas solicitaram à Justiça uma proteção contra o corte no fornecimento de energia elétrica, telefone e internet das lojas. Conforme reportagem da Carta Capital, a empresa pediu mil reais em caso de descumprimento do pedido.

Em Mato Grosso do Sul, as Americanas possuem 28 unidades, sendo seis em e as demais em 20 cidades do Estado. O Jornal Midiamax ainda apurou que as Lojas Americanas não listaram grandes dívidas com aluguéis de lojas e a maioria das dívidas com fornecedores locais são referentes ao mês de janeiro.

Muitas das empresas listadas na recuperação judicial não sabem que estão no processo. Porém, advogado Rafael Campos Macedo Britto explica que se as empresas estão com crédito habilitado devem constituir um advogado e participar da assembleia de credores.

(Foto: Nathalia Alcantara/Midiamax)

Quem está na lista vai receber?

Presidente da Comissão de Empresarial da OAB/MS, o advogado e professor Rafael Campos Macedo Britto explica que as empresas listadas no processo de recuperação judicial estão com crédito habilitado.

Isso não significa que irão receber automaticamente. “As empresas que estão na lista serão convocadas para uma assembleia geral de credores, que vai deliberar sobre o plano de recuperação judicial”, explica o advogado.

No plano a ser apresentado, as Lojas Americanas terão de informar aos credores como pretendem pagar as dívidas e em quais prazos. Ainda de acordo com o advogado, se aprovado o plano, as empresas vão receber conforme o descrito. Caso não aprovem, a empresa vai à falência.

Empresas que têm valores a receber das Lojas Americanas, mas não constam na lista anexada no processo, têm prazo de 15 dias para fazer a habilitação do crédito. “A empresa precisa constituir advogado e se apresentar, para poder entrar na lista de valores a receber”.

Sindicato de Campo Grande foi ao Ministério do Trabalho contra demissões

Ainda não há registro de demissões em Mato Grosso do Sul. Porém, com seis unidades das Lojas Americanas só em Campo Grande e a possibilidade de fechamentos e demissões em massa, o sindicato dos trabalhadores procurou o MPT-MS (Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul).

Conforme o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio, Carlos Santos, o setor ainda se recupera das demissões ocorridas após o fechamento de 10 lojas da Eletrosom no Estado. Agora, a preocupação se volta para as Lojas Americanas.

“Por enquanto, não temos previsão de demissões aqui. O que nós temos escutado de funcionário é que ficarão apenas duas lojas, [mas] da empresa mesmo não foi falado nada. Lógico que a gente tem essa percepção que seria uma perda muito grande, já tivemos fechamento repetindo da loja Eletrosom, e trouxe muitos danos essa nossa família comerciárias”.

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