Ibovespa sobe 0,19%, aos 108,4 mil, e avança 3,15% na semana

O Ibovespa ensaiou uma pausa nesta última sessão de semana em que acumulou ganho de 3,15%, melhor desempenho desde o intervalo entre 10 e 14 de abril, quando havia subido 5,41%. Dessa forma, o índice teve a segunda melhor semana do ano, superada apenas por aquela do mês passado. Hoje, entre mínima de 107.496,89 e […]

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Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução)

O Ibovespa ensaiou uma pausa nesta última sessão de semana em que acumulou ganho de 3,15%, melhor desempenho desde o intervalo entre 10 e 14 de abril, quando havia subido 5,41%. Dessa forma, o índice teve a segunda melhor semana do ano, superada apenas por aquela do mês passado. Hoje, entre mínima de 107.496,89 e máxima de 108.816,78, chegou a oscilar para baixo, mas fechou acima da estabilidade (+0,19%), aos 108.463,84 pontos, com giro financeiro a R$ 25,4 bilhões.

Embora em avanço muito moderado na sessão, foi o sétimo ganho consecutivo para o índice da B3, mais longa série positiva desde os dias 2 a 10 de agosto passado, quando também marcou sete altas. No mês, o Ibovespa sobe 3,86%, limitando a perda do ano a 1,16%. Desde ontem, o Ibovespa sustenta as maiores marcas de fechamento desde 17 de fevereiro. E, no agregado semanal, registrou o terceiro avanço consecutivo, vindo de leves ganhos de 0,69% e 0,06% nas duas anteriores.

Hoje, entre os carros-chefes da B3, destaque para as ações da Petrobras (ON +3,52%, PN +3,22%), na contramão do sinal do petróleo, impelida pela reação favorável do mercado ao balanço trimestral e à distribuição de dividendos anunciados ontem pela companhia. Contudo, o fôlego do índice da B3 foi limitado pelo desempenho de parte dos grandes bancos (Itaú PN -0,92%, BB ON -0,38%, Bradesco ON -0,22%), após série positiva, de recuperação, para o setor financeiro esta semana, em que os ganhos acumulados chegaram a 7,57% (Unit do Santander), considerando as maiores instituições. Vale ON, que operou em baixa na maior parte da sessão, subiu 0,10%.

Na ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, Locaweb (+12,01%) e Sabesp (+7,26%), além das duas ações de Petrobras. No lado oposto, JBS (-6,71%), Eztec (-6,46%), Braskem (-4,85%) e CVC (-2,68%).

Na agenda doméstica desta sexta-feira, destaque para a divulgação, pela manhã, do IPCA de abril. “Foi a segunda vez consecutiva que o IPCA finalizou o mês dentro das bandas da meta de inflação no acumulado em 12 meses, atualmente na casa de 4,75%. Ainda assim, a leitura de abril veio acima das expectativas para o mês, o que contribuiu para abertura negativa do índice Bovespa na sessão, e para o dólar em alta. A tendência é de que a Selic seja mantida em 13,75% na reunião do Copom em junho, com possibilidade, ainda, de que os cortes comecem em agosto”, diz Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.

Apesar da percepção de que a Selic caia no segundo semestre, com a leitura desta sexta-feira sobre a inflação, os juros futuros, que vinham fechando, voltaram a ter movimento ascendente hoje, especialmente nos vértices curtos e intermediários, acrescenta o analista. Dessa forma, o índice de consumo, que reúne ações com exposição ao ciclo doméstico, encerrou a sessão da B3 em baixa de 0,45%, enquanto o de materiais básicos, em que estão as ações de commodities, mais correlacionado a preços e demanda externa, subiu 0,49%.

“O resultado de hoje pode reduzir o movimento de queda da expectativa de inflação para 2023”, avalia Darwin Dib, economista da Gauss Capital, destacando aspectos negativos na abertura dos dados de abril, como a piora marginal no grupo de Serviços Subjacentes, assim como nos núcleos do índice, cuja variação média subiu de 0,36% para 0,51%. “A deterioração dos núcleos foi acompanhada por maior difusão da elevação dos preços que compõem o IPCA, a 66%, comparada a 60% no levantamento anterior”, acrescenta o economista.

Depois de um rali de sete sessões, os profissionais do mercado reduziram drasticamente as perspectivas de alta para o índice na próxima semana, conforme mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. De acordo com o levantamento, 16,7% dos participantes esperam que ganhos para a próxima semana. Na edição anterior, esse porcentual era de 37,5%. Por outro lado, dobrou de 25% para 50% a fatia dos que estimam queda do Ibovespa nos próximos cinco pregões. Entre os que esperam estabilidade do indicador, o porcentual teve pouca alteração, passando de 37,5% para 33,3%.

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