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Economia

Ibovespa cai 0,88%, aos 100,9 mil pontos, com foco em Petrobras e varejo

O Ibovespa conseguiu reduzir, ainda que moderadamente, perdas à tarde e chegou a manter a linha dos 101 mil pontos até perto do fechamento desta quarta-feira, em sessão majoritariamente negativa também no exterior. Aqui, a referência da B3 cedeu 0,88%, a 100.977,85 pontos, tendo tocado na mínima os 99.897,78 pontos, abaixo do limiar dos seis … Continued
Agência Estado -
(reprodução)

O Ibovespa conseguiu reduzir, ainda que moderadamente, perdas à tarde e chegou a manter a linha dos 101 mil pontos até perto do fechamento desta quarta-feira, em sessão majoritariamente negativa também no exterior. Aqui, a referência da B3 cedeu 0,88%, a 100.977,85 pontos, tendo tocado na mínima os 99.897,78 pontos, abaixo do limiar dos seis dígitos no intradia pela primeira vez desde 28 de março. Na máxima, foi a 101.960,48 pontos, não muito distante do nível de abertura, aos 101.869,09 pontos. Na semana e no mês, o Ibovespa acumula agora perda de 0,89% e, no ano, de 7,98%. O giro financeiro desta quarta-feira foi de R$ 23,5 bilhões.

Contribuindo para a contenção de perdas do Ibovespa na sessão, as ações da Petrobras viraram para o positivo à tarde após a empresa informar ao mercado que não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia para alterar a política de preços, rumor que havia direcionado as ações da estatal ao negativo.

Mais cedo, o ministro Alexandre Silveira havia reiterado que o governo deve atuar para mudar o preço de paridade de importação, o chamado PPI. No fechamento, Petrobras ON e PN mostravam, respectivamente, leve alta de 0,15% e 0,33%, após terem renovado máximas do dia no fim da tarde, apesar de novas declarações do ministro no sentido de que o governo Lula manterá “linha clara, de acionistas majoritários” e que a política de preços da Petrobras, de fato, será discutida pelo governo.

“Esperamos que a diretoria da Petrobras já comece estudos para ver como contribuir na política de preços”, disse Silveira, acrescentando que a “nova política não vai afetar a rentabilidade” da empresa – um acréscimo recebido com muitas pitadas de sal pelo mercado, que prevê volatilidade adiante para as ações da estatal, muito “largadas em valuation”, como observa uma fonte, mas com dificuldade para recuperar preço mesmo com a recente melhora nas cotações do Brent e do WTI.

Além de Petrobras, as ações de varejo estiveram no foco dos investidores na sessão, com um relatório do BTG chamando atenção para setores que contam com benefícios fiscais significativos – e que eventualmente podem entrar na mira do governo, que precisa elevar a arrecadação para fechar conta que resulte em zeragem do déficit e liberação de espaço para superávits primários nos anos à frente.

“O dinheiro precisa sair de algum lugar, e tudo indica que será das empresas. A conversa é essa: quem pagará a conta do governo, que quer gastar, não cortar despesas – e precisa ampliar receita em até R$ 150 bilhões. Já se falou no setor de petróleo e o de varejo volta a chamar atenção. Há insegurança, o que afeta diretamente o Capex, o quanto as empresas se dispõem a investir à frente. E isso já se refletiu ontem, na teleconferência da Assaí”, com efeito sobre as ações da companhia nesta quarta-feira, observa Cesar Mikail, gestor de renda variável da Western Asset.

“No primeiro trimestre, o Nasdaq subiu 16% e o S&P 500, 7%, enquanto aqui, completamente descolado, o Ibovespa caiu 7% – e há razão para isso”, complementa.

Nesta quarta-feira, o índice de consumo, correlacionado à economia doméstica, cedeu 1,36%, e o de materiais básicos, exposto ao cenário externo, caiu 2,20%. O dia foi negativo para as ações de mineração (Vale ON -1,47%) e siderurgia (Gerdau PN -2,99%), assim como para a maioria das de grandes bancos, à exceção dos ganhos em (ON +0,17%, PN +0,84%).

Na ponta do Ibovespa, Via subiu 6,36% à frente de Ecorodovias (+5,51%) e Braskem (+3,55%). No lado oposto, Alpargatas (-9,73%), Natura (-9,61%), Petz (-5,69%), (-5,24%), Arezzo (-5,09%), Hapvida (-4,84%) e Assaí (-4,77%).

“O custo de capital hoje está muito elevado no País”, o que ficou evidente na repercussão negativa, sobre a ação da Assaí, de informações passadas pela empresa em teleconferência no dia anterior, reforça Paulo Luives, economista da Valor Investimentos.

“A companhia anunciou que pode cortar alguns investimentos e vender alguns ativos, entre eles, lojas próprias”, diz. “Há 22 obras em andamento, de conversão de lojas Extra em Assaí, e isso está mantido por enquanto. Mas, dado o elevado custo de capital, e se houver ainda aumento da Selic, a empresa deve cortar investimentos. Hoje a questão é se pode ter mudança no ‘guidance’ para 2023 e 2024”, acrescenta.

Lá fora, o dia foi predominantemente negativo desde cedo, refletindo a fraqueza, maior do que se antecipava, para dados econômicos como o índice de atividade de serviços nos (do Instituto para Gestão da Oferta, ISM), a 51,2 em março, ante previsão de 54,3 para o mês.

“O quadro externo vai mudando de desaceleração para expectativa de que possa vir uma recessão, o que afeta diretamente as projeções para o desempenho das empresas, reforçando a aversão a risco e resultando em mais descontos na precificação das ações”, diz Alan Dias Pimentel, especialista em renda variável da Blue3 Investimentos.

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