Ibovespa abre semana de Copom e Fed em baixa de 0,14%, aos 126,9 mil pontos

Após dois ganhos moderados no fechamento da semana passada, o Ibovespa fez uma pausa, em leve viés negativo no encerramento desta segunda-feira, tendendo a permanecer de lado até que se conheçam as comunicações do Federal Reserve e do Copom, em quarta-feira de deliberações sobre as políticas monetárias nos Estados Unidos e no Brasil. A semana […]

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(Agência Brasil)

Após dois ganhos moderados no fechamento da semana passada, o Ibovespa fez uma pausa, em leve viés negativo no encerramento desta segunda-feira, tendendo a permanecer de lado até que se conheçam as comunicações do Federal Reserve e do Copom, em quarta-feira de deliberações sobre as políticas monetárias nos Estados Unidos e no Brasil. A semana reserva também outras decisões sobre juros, como a do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira.

Na B3, o índice de referência cedeu hoje 0,14%, aos 126.916,41 pontos, em sessão na qual mostrou variação muito contida, de apenas 627 pontos entre a mínima (126.526,12) e a máxima (127 153,64) do dia, em que saiu de abertura aos 127.092,79 pontos. Muito fraco, o giro financeiro ficou em R$ 16,4 bilhões na sessão. No mês, o Ibovespa recua 0,33%, com ganho no ano a 15,66%.

Na decisão desta quarta-feira, 13, “o Fed ainda deve manter postura hawkish rígida em seu comunicado”, avalia em nota a Guide Investimentos. “Vale lembrar que nesta reunião será divulgado também o relatório de projeções dos diretores, com o gráfico de pontos. É possível que o relatório reforce o discurso do higher for longer taxas de juros altas por mais tempo”, acrescenta a casa.

Na B3, apesar do desempenho favorável da curva de juros doméstica nesta abertura de semana, as ações cíclicas estiveram entre as perdedoras do dia, com o índice de consumo (ICON) em baixa de 0,56% no fechamento, praticamente estável para os materiais básicos (IMAT +0,09%). Na ponta do Ibovespa, Pão de Açúcar (-6,70%), Braskem (-4,71%), Petz (-3,74%) e Dexco (-3,67%). Na fila oposta, Magazine Luiza (+4,69%), B3 (+2,88%) e Embraer (+2,85%).

O dia foi majoritariamente negativo para as ações de maior peso e liquidez, à exceção de Vale (ON +0,08%) e de outros nomes do setor metálico, como Gerdau (+0,13%) e Usiminas (PNA +0,24%), apesar da leve queda do minério de ferro na China, em baixa de 0,37% (Dalian). Por outro lado, mesmo com moderado avanço do petróleo na sessão, Petrobras ON e PN encerraram em baixa, respectivamente, de 0,30% e 0,38%. Entre os grandes bancos, as perdas no fechamento ficaram entre 0,02% (BB ON) e 0,79% (Bradesco PN).

“Foi um dia de baixíssima volatilidade com calendário de dados esvaziado na sessão. E a curva de juros americana desde a manhã mostrou avanço, como nas sessões anteriores, em movimento que havia recebido impulso na última sexta-feira com o relatório oficial sobre o mercado de trabalho americano, que veio mais forte do que o esperado”, observa Alan Soares, analista da Toro Investimentos.

Após leituras mais fracas sobre o emprego na semana passada, em relatórios como os da ADP e o Jolts, o sinal trocado mostrado pelo payroll da última sexta contribuiu para reforçar a expectativa para os sinais do Federal Reserve nesta semana, apontam analistas.

“Há expectativa, alguma incerteza mesmo, para as decisões de política monetária que sairão entra a quarta e a quinta-feira. E com toda essa cautela e incerteza logo adiante, o investidor opta por segurar um pouco, sem comprar nem vender, deixando o mercado de lado, aqui como lá fora também”, diz Charo Alves, especialista da Valor Investimentos.

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