Conforme pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11), Mato Grosso do Sul registrou queda de 2,6% nas vendas do comércio em novembro.

Essa redução compreende o período de passagem de outubro para novembro de 2022. Conforme informações do Instituto de pesquisa, em novembro de 2021, o comércio varejista cresceu 4,8%, representando 13 meses de alta consecutiva. Em 2022, o comércio varejista acumula crescimento de 6,6%, enquanto a variação acumulada nos últimos doze meses é de 6,3%.

Já o comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, também houve queda contabilizada em 1,6% no mês de novembro.

No entanto, o cenário não é desanimador. O volume de vendas, em relação a novembro do ano anterior, Mato Grosso do Sul apresentou taxa positiva de 2,1%. No ano, o acumulado é de 4,7% e nos últimos 12 meses alta de 4,9%.

Aumento de vendas na comparação anual

Apesar da queda no número de vendas em novembro de 2022, Mato Grosso do Sul teve aumento de 9,6% das vendas no comércio varejista no comparativo anual. Mais outros 13 estados apresentaram resultados positivos, com destaque para Roraima (13,3%) e Alagoas (11,4%).

Por outro lado, outros 13 Estados continuaram negativos, como Bahia (-5,3%), Goiás (-3,8%) e Acre (-3,6%).

Considerando o comércio varejista ampliado, o indicador interanual apresentou variação de 0,3%, com resultados positivos em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Paraíba (22,5%), Amapá (9,9%) e Tocantins (8,4%). Onze Unidades da Federação ficaram no campo negativo, com destaque para Pernambuco (-14,9%), Bahia (- 9,7%) e Ceará (-5,8%).

Em Mato Grosso do Sul, o volume de vendas teve pico em fevereiro de 2022.

Gráfico IBGE
(Foto: Divulgação/IBGE)

Atividades de varejo avançaram no Brasil

Ainda segundo o IBGE, o varejo apresentou cinco setores com resultados positivos em novembro de 2021: Combustíveis e lubrificantes (27,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%), Móveis e eletrodomésticos (3,0%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (1,1%).

As outras três atividades que apresentaram queda foram: Tecidos, vestuário e calçados (-16,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,5%) e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,5%).

No varejo ampliado, veículos e motos, partes e peças teve resultado de -5,5%, enquanto material de construção caiu 10,9% em relação ao mesmo período de 2021.

De acordo com o pesquisador, Cristiano Santos, nem a Black Friday, que acontece no fim de novembro, resultou em números muito positivos para o comércio varejista.

“Esse desempenho mais fraco da Black Friday contribui fortemente para o resultado negativo do setor varejista em novembro. As condições macroeconômicas, como a falta de crescimento de crédito, a alta dos juros, a estabilidade do valor do Auxílio Brasil e a volta da inflação, acabam impactando a renda das famílias e diminuem o consumo”, explica Cristiano.