A cotação da arroba do boi cresceu 39,41% e da vaca 42,43% em , no ano de 2021. Conforme levantamento da Famasul (Federação da e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul), a cotação do boi saiu de R$ 209,94, em 2020, para R$ 292,67 no ano seguinte. No caso da vaca, o valor saltou de R$ 195,79 para R$ 278,87 no mesmo período. 

O departamento técnico do Sistema Famasul ressalta que a valorização da arroba tem relação direta com a queda no número de animais abatidos e, ao mesmo tempo, maior receita nas exportações. 

“Esse fator contribuiu para aumentar a liquidez das indústrias exportadoras e compensou a instabilidade no consumo interno”, explicou a analista técnica Eliamar Oliveira. 

Houve redução de abate, diz Ministério da Agricultura

Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a redução de abate foi de 11,87%. Neste caso, Oliveira explica que a queda ocorreu em função da retenção de fêmeas, já que o abate dessa categoria registrou queda de 18,94% de 2020 para 2021 e do aumento no custo de produção, apontando crescimento de cerca de 47% no custo de produção da arroba. 

Já as exportações, de acordo com dados do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), tiveram aumento de 16,3% no último ano, no que se refere à receita com a comercialização da carne bovina para o mercado externo, enquanto o volume reduziu cerca de 2,4% no mesmo período.

O balanço aponta também que a China continua sendo o principal destino da proteína sul-mato-grossense, com 20,3% de participação na receita, seguido pelo Chile com 18,45% e com 15,43%.

Neste caso, a analista técnica diz que, mesmo sem embarques nos últimos três meses do ano, o faturamento do Estado com as vendas de carne bovina, para a China, aumentou 32% de 2020 para 2021. Além disso, o crescimento nos embarques para o Chile e para os Estados Unidos também “garantiu o bom resultado do ano”, avalia Eliamar.

Cenário é promissor para 2022

No caso dos Estados Unidos, houve aquisição de 218,98% a mais da mercadoria de Mato Grosso do Sul em 2021 e, para este ano, o Sistema Famasul espera “um cenário promissor”, com a retomada de compras por parte da China, reabertura da Rússia com o mercado e cotas adicionais definidas por outros países.