Comprar um celular novinho todos os anos se tornou uma realidade distante para muitos brasileiros diante da inflação e da alta no dólar. Com preços disparando, um mercado que tem se tornado cada vez mais comum em Campo Grande é a compra e venda de celulares seminovos.

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Anúncio do comunica que aceita seminovos na troca pelo aparelho anunciado | Foto: Reprodução

Não é nenhuma novidade que celulares Apple e Samsung, por exemplo, fazem muito sucesso e são cobiçados. Quem deseja trocar o seu aparelho usado por um novo, ou até mesmo por um modelo mais recente, porém também usado, pode encontrar opções ‘a rodo' na Capital.

“Aceito o seu usado como entrada no seu novo aparelho” ou “Compro o seu usado, pago à vista”, são anúncios comuns de se encontrar nas redes sociais. A maioria, conforme a pesquisa, é de celulares Apple. Mas por quê?

Maçã valorizada

Daniel, da D'UP Celulares, explica ao Jornal Midiamax que o mercado dos usados da Maçã está sempre aquecido e desta forma é possível fornecer um comércio com ofertas interessantes.

“Como Apple é um aparelho muito desejado, os seminovos têm muita procura por ser mais barato que um aparelho novo, óbvio. A venda é como qualquer outro produto usado, tem procura, assim como carros. Sempre há quem prefere pagar por algo desvalorizado”, disse.

A Apple lançou neste ano a linha 13, mas há quem ainda compre modelos de 2017, como o 8. Mas vale a pena?

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Foto: Reprodução

Daniel pontua que sim, pois na sua loja, a troca é sempre feita com aparelhos com nota fiscal e que nunca passaram por alguma manutenção durante a vida útil. Além disso, o celular ser sempre usado com capinha e película também influencia no valor de venda ou no valor a ser abatido no aparelho novo.

“Aqui na loja só vendemos usados que não passaram por nenhuma manutenção. Tanto que nem trabalhamos com manutenção de celulares. Por lei, temos 90 dias de garantia a oferecer para o comprador, por isso, modelos antigos já não são interessantes, ainda mais porque podem nem ter mais atualizações de sistema”, disse.

Ele diz que o mercado de celulares usados se tornou ainda mais procurado nos últimos anos, ainda mais por conta da crise econômica que o país enfrenta. Afinal, gastar mais de R$ 6 mil em um aparelho celular está longe de ser uma situação confortável ao bolso do consumidor.

Upgrade por R$ 1 mil

A estudante Nathália Gomes, de 20 anos, foi uma consumidora que optou por ‘se jogar' no mercado dos seminovos da Apple. Ela conta que recentemente trocou o seu aparelho usado, modelo Iphone Xr, por um modelo mais recente, um Iphone 11, também usado. 

“O modelo Xr eu também já tinha comprado seminovo, mas não comprei em loja. Comprei de uma mulher que anunciou nas redes sociais. Eu acho ótimo, porque são aparelhos que têm um dos melhores sistemas e duram bastante. Eu optei por dar um ‘upgrade' e pegar o 11 [modelo]. Dei o meu celular como entrada e paguei a diferença de mil reais”, contou.

Ela explica que sempre analisa a data que o aparelho foi comprado, a saúde da bateria e se vem com todos os acessórios. “Inclusive a caixa do celular, porque vai que mais para frente eu decida trocar por outro aparelho mais novo”, disse.