Facebook se prepara para lançar nova moeda digital em janeiro de 2021

O Facebook, gigante das redes sociais, deverá lançar sua nova moeda digital, o Diem (que significa “dia”, em latim), em janeiro de 2021 de acordo com informações fornecidas pelo jornal britânico Financial Times. No entanto, a data certa do lançamento ainda não foi definida, pois ainda está sendo aguardada a aprovação final para operar como um serviço de pagamentos pela Autoridad…

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O Facebook, gigante das redes sociais, deverá lançar sua nova moeda digital, o Diem (que significa “dia”, em latim), em janeiro de 2021 de acordo com informações fornecidas pelo jornal britânico Financial Times. No entanto, a data certa do lançamento ainda não foi definida, pois ainda está sendo aguardada a aprovação final para operar como um serviço de pagamentos pela Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro da Suíça, onde a Associação Diem está registrada.

Inicialmente pensada para ser uma alternativa de pagamento para atender as regiões mais remotas, sem acesso a um sistema bancário, a nova moeda Diem, anteriormente batizada de Libra, está sendo desenvolvida internamente no Facebook desde 2017 e já sofreu muitas mudanças em relação ao projeto original.

 

Facebook se prepara para lançar nova moeda digital em janeiro de 2021
Foto: Pixabay

Parece, mas não é

Apesar de o Diem ser uma criptomoeda baseada em rede blockchain, há algumas diferenças consideráveis entre ele e o Bitcoin, por exemplo. Ao contrário do Bitcoin, o Diem irá operar de forma centralizada e será controlado por uma organização privada, a Associação Diem, responsável por emitir novas moedas de acordo com a demanda do mercado. Além disso, o valor do Diem será atrelado ao preço do dólar americano.

Já o Bitcoin atua de forma totalmente descentralizada, sem a necessidade de uma instituição financeira para confimar a veracidade das transações. A própria tecnologia, desenvolvida em código aberto pela equipe de Satoshi Nakamoto por volta de 2008, se encarrega dessa verificação, sendo as transações protegidas em rede blockchain e por criptografia.

Por não estar atrelado a nenhuma moeda fiduciária, como acontecerá com o Diem, o Bitcoin apresenta alta volatilidade, resultado direto da oferta e demanda do mercado. Para ter uma ideia dessa volatilidade, no início de 2020 o Bitcoin estava sendo negociado por cerca de US$ 4 mil, mas no final de 2020 seu preço saltou próximo a US$ 20 mil.

Como negociar moedas digitais

É possível realizar o Bitcoin trade, ou seja, a compra e a venda de Bitcoin, através das chamadas exchanges online. Muitos investidores preferem negociar Bitcoin por meio de Contratos por Diferença (CFDs), que permitem que o investidor lucre de acordo com a movimentação do preço do ativo sem precisar comprar diretamente o ativo. O CFD consiste em um contrato firmado entre o investidor e a corretora online, baseado na diferença de valor do ativo, a partir do momento que passa a ser negociado até o encerramento da negociação. Pelo fato de o Bitcoin ser uma moeda altamente volátil, a modalidade CFD é a mais utilizada entre os investidores online. Além de online, os Bitcoins também podem ser negociados nas principais casas de câmbio do Brasil.

Quanto ao Diem, ainda não está claro como será realizada a sua compra, mas pelo fato de a sua produção ser controlada por uma empresa central, a negociação certamente se diferenciará da natureza do trade de Bitcoin – que tem um  limite máximo de 21 milhões de Bitcoins para serem gerados no mercado, número definido pelo próprio algoritmo do Bitcoin.

 

 

Facebook se prepara para lançar nova moeda digital em janeiro de 2021
Foto: Unsplash

Uma das dicas que damos a quem pretende investir em criptomoedas é, além de estar constantemente informado sobre as principais novidades do setor, assistir a documentários a respeito do tema, estando alguns deles já disponíveis em plataformas de streaming como a Amazon Prime Video e a Netflix.

Nem sempre foi assim

A ideia original sobre o Diem, inicialmente denominado Libra, era ser uma moeda digital lastreada em uma cesta com diferentes moedas e administrada por um consórcio de empresas sem fins lucrativos, a Associação Libra – originalmente formada por gigantes como Paypal, Mastercard, Vodafone e eBay, que acabaram desistindo no meio do caminho. O plano era lançar uma carteira chamada Calibra, que permitiria aos usuários enviar criptomoedas uns para os outros.

Entretanto, os órgãos reguladores levantaram uma série de preocupações quanto ao impacto que a Libra poderia ter, principalmente sobre a estabilidade financeira, por envolver grandes players do mercado. Para então atender às exigências dos órgãos reguladores internacionais, o projeto foi reestruturado e novas parcerias foram firmadas com outras gigantes da Internet, como Shopify, Farfetch, Pay U, Uber e Coinbase. O nome do consórcio foi alterado de Associação Libra para Associação Diem enquanto o nome da carteira passou de Calibra para Novi.

Tudo indica que está tudo pronto para a moeda Diem ser lançada logo no início do ano de 2021. Devido a isso, é bastante provável que novos projetos e parcerias sejam desenvolvidos no mercado de criptomoedas. Diante da crescente popularidade do Bitcoin e das demais criptomoedas, não há previsão de crise ou retrocesso no mercado digital, certamente um setor que tende a crescer e receber cada vez mais investimentos.

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