Mato Grosso do Sul fechou 2020 com alta de 11,32% nas exportações em relação ao ano anterior, conforme divulgado esta semana pela Semagro (Secretaria do , Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Conforme os dados, ano passado as exportações somaram US$ 5,808 bilhões (dólares), enquanto que em 2019 foram vendidos US$ 5,217 bilhões em produtos. Por outro lado, as importações caíram de US$ 2,403 bilhões em 2019 para US$ 1,905 bilhão no ano passado.

Com isso, o saldo da balança comercial, ou seja, o resultado da diminuição de tudo que foi comprado do exterior com o valor das vendas ficou em US$ 3,902 bilhões, contra US$ 2,814 bilhões apurados em 2019, representando um crescimento do superávit de 38%.

O bom desempenho das exportações sul-mato-grossenses está relacionado à desvalorização do real diante do dólar, o que torna o produto nacional mais barato nos mercados internacionais.  “A perspectiva é que Mato Grosso do Sul mantenha esse bom desempenho, pois há previsão de que a economia mundial crescerá em torno de 4% em 2021”, avaliou o secretário em exercício da Semagro, Ricardo Senna.

Produtos

Produtos como a (+ US$ 500 milhões), óleos e gorduras vegetais (+ US$ 220 milhões), açúcar (+ US$ 240 milhões) e carne de aves (+ US$ 25 milhões) contribuíram para esse superávit. Com relação à soja, o Estado vendeu 1,5 milhão de toneladas a mais em 2020, comparado com o volume exportado do produto em 2019. E mais que dobrou o volume exportado de óleo e gordura vegetal e animal no mesmo período: de 442 mil toneladas para 1,029 milhão de toneladas.

O principal produto de exportação de Mato Grosso do Sul continua sendo a celulose, tanto em volume quanto em valor. Aumentou o volume exportado (de 4,232 milhões/ton em 2019 para 5,538 milhões/ton em 2020), embora devido à variação para menor no preço da commodity, o valor apurado no ano passado (US$ 1,667 bilhão) tenha ficado menor que o de 2019 (US$ 1,980 bilhão). O ferro-gusa também apresenta aumento expressivo do valor exportado (+115%) e o item Outros Produtos Alimentícios teve incremento de 216% (US$ 12,78 milhões em 2019 para US$ 40,4 milhões em 2020).

Em termos de destino das exportações houve uma concentração nas exportações para a , representando 45,46% do valor total das ao exterior no ano passado. Os países com maior aumento na participação foram: Hong Kong (27,92%) e China (21,38%). A maior queda foi registrada para o Japão, com baixa de 41,6% nas exportações em relação a 2019. A concentração nos dez maiores destinos das exportações passou de 73,19% a 71,98% na comparação entre o apurado em 2020 e 2019.

Importações

Em relação ao que foi comprado no exterior o Estado continuou com uma pauta concentrada na importação de gás boliviano, representando 50,48% da pauta de 2020, enquanto no ano anterior esse produto representou 52,63% de todas as importações. Produtos químicos inorgânicos (14,3%), produtos da metalurgia de metais não ferrosos (6,69%) e tecidos (5,86%) aparecem logo em seguida na pauta das compras externas.