O dólar testou novas mínimas nesta quinta-feira, 17, no mercado internacional e também recuou ante o real. O índice DXY, que mede o comportamento da moeda americana perante divisas fortes, caiu na tarde desta quinta-feira abaixo dos 90 pontos, o que não acontecia desde abril de 2018, com os investidores animados pela chance de um pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos e com o avanço das negociações comerciais entre o Reino Unido e a , que prosseguem amanhã. Além do dólar mais fraco lá fora, houve novos relatos de entrada de fluxo para o Brasil, em dia que o Ibovespa chegou a bater em 119 mil pontos As entradas em dezembro na Bolsa já encostam em R$ 10 bilhões.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,58%, a R$ 5,0788. No mercado futuro, o dólar para janeiro recuou 0,49%, a R$ 5,0570.

A entrada de fluxo garantiu que mesmo com maior demanda por dólar à vista, para remessas de fundos e empresas, além de importadores, não houvesse falta da moeda americana, relatam profissionais das mesas de câmbio. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse hoje que a instituição faz intervenções no mercado apenas quando há problemas de liquidez e pontuou que nos últimos meses o País voltou a receber investimentos de portfólio (bolsa e renda fixa) e disse que, “aparentemente, as primeiras semanas de dezembro também estão sendo de fluxo positivo para o Brasil”.

“Os participantes do mercado continuam a apostar em alguma forma de estímulo no Congresso antes dos feriados de final de ano”, destaca o diretor de moedas em da BK Asset Management, Boris Schlossberg. Com isso, cresce a busca por ativos de risco e o dólar tem novo dia de fraqueza quase que generalizada. Considerando a euforia com o pacote hoje e nos últimos dias, a falta de um acordo até o pode provocar uma estresse nos mercados, alerta o executivo.

Para o economista da JF Trust Gestão de Recursos, Eduardo Velho, o dólar fraco lá fora, a sinalização de que o Federal Reserve vai manter o programa de ativos, além do avanço da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso aqui abrem espaço para mais entrada de capital externo. Assim, deixam o dólar mais perto dos R$ 5,00. Em um ambiente de elevada liquidez externa, os estrategistas de moedas do Bank of America avaliam que as moedas da América Latina tendem a ter bom desempenho pela frente, pois a economia da região está se recuperando. Real e peso mexicano são as divisas preferidas e o banco americano afirma estar comprado nelas, ou seja, apostando em sua valorização.