Com consumo de etanol em baixa, indústrias apostam no açúcar e exportações disparam em MS

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) trouxe reflexos positivos para a produção de açúcar em Mato Grosso do Sul. De janeiro a julho, houve aumento de 207% no volume de exportações da commodity no Estado, conforme dados do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). De acordo com os dados, MS exportou 309 mil toneladas […]

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A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) trouxe reflexos positivos para a produção de açúcar em Mato Grosso do Sul. De janeiro a julho, houve aumento de 207% no volume de exportações da commodity no Estado, conforme dados do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

De acordo com os dados, MS exportou 309 mil toneladas de açúcar bruto, um aumento de 207% em comparação ao comercializado no mesmo período de 2019, que foi de 100,6 mil toneladas.

Então, no período de 7 meses, a receita com as exportações passou de U$ 29 milhões para U$ 79 milhões – um salto de 176%. Nos 12 meses de todo o ano passado foram exportadas 238 mil toneladas de açúcar, o que resultou em uma receita de U$ 67 milhões.

A justificativa para o aumento é a forte demanda exterior para o açúcar. “A pandemia da Covid-19, que reduziu o consumo de etanol devido ao isolamento social. A valorização do dólar e a demanda externa, porque outros países tiveram quebras na sua produção. E com o baixo consumo de etanol no primeiro semestre, as indústrias focaram na produção de açúcar”, analisa o consultor técnico do Sistema Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Clóvis Tolentino.

Atualmente, segundo números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Mato Grosso do Sul é o quarto estado do Brasil em produção de cana-de-açúcar. O estado possui 709 mil hectares de área plantada, ficando atrás de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

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