A Petrobrás comunicou, nesta quarta-feira (9), o início nas negociações com a empresa russa Acron para venda da UNF 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) em Três Lagoas, distante 338 km de Campo Grande. As negociações devem acontecer em até 90 dias e o resultado é comemorado pelo Governo do Estado.
Para o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o desinvestimento feito pelo estatal contribui com o desenvolvimento econômico e industrial de Mato Grosso do Sul.
“Nossa ideia é conseguir vender não somente ureia para as empresas já instaladas, mas também que possamos atrair próximo da UFN 3 um núcleo específico de fábricas de fertilizantes e misturadoras”.
Representantes da empresa também estiveram na Bolívia, em fevereiro, para negociar venda direta de gás natural para o abastecimento da unidade que consome, diariamente, 2,2 milhões de metros cúbicos. A fábrica de fertilizantes será vendida junto com a de Araucária (PR).
As obras na unidade foram iniciadas em 2011 e interrompidas em 2014 com 81% concluída, até que a estatal rescindiu o contrato com o consórcio responsável pelo empreendimento por não cumprimento de algumas cláusulas.
Concluída, a obra é capaz de produzir, diariamente, 3.600 toneladas de ureia, 2.200 de amônia e, ainda, 290 toneladas de gás carbônico.
Prefeito de Três Lagoas, Angelo Guerreiro disse ao Jornal Midiamax que algumas mudanças na relação do município com a petrolífera ocorreram para que a doação de área pública onde está a fábrica fosse renovada.
A isenção total do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), por exemplo, baixou para 98%. O mesmo ocorreu com o IPTU, que agora será cobrado 1% do valor. O prefeito também afirmou que ficou acertado pagamento de R$ 6 milhões pela Petrobras ao município como indenização pelos danos causados pela paralisação da obra.
“O Estado ganha, não só Três Lagoas, o produtor rural vai ganhar com a questão de um preço mais acessível de insumos. Ela iniciando a sua produção, beneficia como um todo”. (Colaborou Aliny Mary Dias)