Entidade diz que cenário não deve apresentar grandes mudanças nos próximos meses

A atividade industrial teve o 16º mês consecutivo sem crescimento, de acordo com dados do Radar Industrial da (Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul). De acordo com a Sondagem Industrial, feita pela entidade em setembro deste ano, junto às empresas sul-mato-grossenses, a atividade industrial prossegue fraca e sem apresentar sinais de recuperação a curto prazo. Os índices ficaram abaixo da linha indicativa de expansão, que é a partir dos 50 pontos. 

Conforme a Fiems, para 55,8% dos respondentes, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para o mês. O índice marcou 37,3 pontos em setembro, queda de 1,1 ponto no comparativo com igual mês de 2014, mantendo o resultado muito abaixo do patamar considerado adequado para o período, que é alcançado quando o indicador se situa em torno dos 50 pontos.

Os especialistas da Fiems concluíram que o atual cenário não deve apresentar grandes mudanças para os próximos seis meses. As principais dificuldades enfrentadas pelos industriais de Mato Grosso do Sul no 3º trimestre de 2015 foram a elevada carga tributária, falta ou alto custo de energia, inadimplência dos clientes, demanda interna insuficiente e falta ou alto custo da matéria-prima, elevadas taxas de juros e a falta de capital de giro.
 
Já o Icei MS (Índice de Confiança do Empresário Industrial em Mato Grosso do Sul) segue nos mais baixos patamares da série histórica com outubro de 2015, marcando o 15º mês consecutivo com o índice inferior aos 50 pontos. Em outubro, para 91,9% dos respondentes as condições atuais da economia brasileira pioraram, enquanto no caso da economia estadual, na mesma comparação, a piora foi apontada por 78,8% dos participantes. Com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 56,4% dos respondentes, enquanto para 38,8% elas não se alteraram.
 
Ainda segundo a Fiems, para os próximos seis meses, 71,8% dos respondentes mostraram-se pessimistas em relação à economia brasileira, enquanto no caso da economia estadual o pessimismo foi apontado por 54,2% dos participantes da pesquisa. Com relação ao desempenho da própria empresa, considerando os próximos seis meses, 38,9% dos respondentes mostraram-se pessimistas, patamar ainda próximo aos dos que acham que a situação permanecerá igual, que chegou a 38,8%. Além disso, 67% dos empresários industriais do Estado não pretendem investir nos próximos seis meses.