Pular para o conteúdo
Economia

Fiems analisa elevação dos juros como mais um equívoco do Banco Central

País cresceu apenas 0,1% no ano passado
Arquivo -

País cresceu apenas 0,1% no ano passado

A taxa básica de juros da economia brasileira subiu pela 7ª vez seguida, a alta foi de 0,5 ponto percentual, elevando a Selic de 13,75% para 14,25% ao ano, conforme anúncio feito pelo Banco Central na noite de ontem (29). Para a , o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC comete um grave equívoco ao elevar novamente a Selic.

Na avaliação da indústria, o Banco Central mudou o tom diante da redução da meta fiscal, o menor esforço do Governo e a forte escalada do dólar frente ao real reduziram substancialmente as chances de redução no ritmo de alta da taxa Selic. E para piorar, a inflação esperada medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), deve chegar a 9,23% em 2015. 

Porém, conforme a Fiems, o aumento dos juros impacta os preços com uma defasagem de seis a nove meses, ou seja, os resultados dos aumentos anteriores ainda não se fizeram sentir integralmente sobre a economia. Além disso, todos os indicadores da atividade econômica, da produção industrial, das vendas do varejo e do desempenho dos serviços mostram sensível desaceleração. 

O quadro atual é agravado pelo aumento do desemprego, pela redução da renda e pela queda da massa salarial, o que, com a retração do crédito e o alto custo dos financiamentos, pode levar o país a uma recessão prolongada. Infelizmente, o Brasil é um país que insiste em errar. Os custos produtivos dispararam nos últimos anos e as empresas não conseguiram manter o mesmo nível de produção.

A nossa inflação é de custo, ou seja, de oferta e não de demanda. A demanda, aliás, só tem feito cair. As últimas pesquisas indicam, inclusive, que chegamos ao ponto de apresentarmos queda no consumo de alimentos, algo que não ocorria há 12 anos. Não podemos esquecer que o País cresceu 0,1% no ano passado, ou seja, ficou parado. Para este ano teremos uma queda no PIB de aproximadamente 1,8%. E mesmo assim estamos com inflação? Isso certamente não é inflação de demanda! Ou seja, o aumento dos juros para conter o consumo e, consequentemente, a inflação não faz o menor sentido na atual conjuntura.

O alinhamento entre as políticas fiscal e monetária seria mais eficaz no controle da inflação, além de contribuir para abreviar o ciclo atual de elevação das taxas de juros. Do contrário, a continuidade do arrocho monetário, somada ao padrão das despesas governamentais e à retirada de incentivos à competitividade, nos manterá na mesma condição: com prejuízos à saúde das finanças públicas e dificuldades para o reaquecimento da economia.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Condenado a mais de 24 anos, foragido da Justiça é capturado em Anaurilândia

Polícia paraguaia prende suspeito de ameaças de morte contra jornalista em Pedro Juan

Veja a piada que Jimmy Kimmel fez sobre morte de Charlie Kirk que causou fim de seu programa

Festival Internacional da Carne chega com fartura em mais de 30 estações e palco que vai do rock ao sertanejo

Notícias mais lidas agora

João Resende, do Consórcio Guaicurus, foi indiciado por repasse de R$ 32 milhões a ‘empresa-irmã’

Promotor do MPMS denunciado por ‘amolecer’ investigação contra prefeito estica inquérito por mais um ano

Jovens são atingidos a tiros por dupla em moto na Nhanhá

Cada vez mais violento, trânsito de Campo Grande mata um a cada cinco dias

Últimas Notícias

Trânsito

Motociclista morre ao bater em caminhão na BR-163 em Rio Brilhante

Rodovia ficou parcialmente interditada

Transparência

Governo de MS extingue Regime Optativo de Tributação do ICMS

Esse regime funciona com base em uma previsão do que será vendido no futuro, então os impostos são pagos antes mesmo da venda acontecer

Brasil

Dois presos pela PF na Operação Rejeito foram indicados pelo ministro de Minas e Energia

Operação da PF mirou esquema de corrupção envolvendo órgãos públicos da área ambiental

Economia

Bia Haddad perde match point e é eliminada nas oitavas do WTA de Seul

Com eliminação, brasileira deve cair para 40º posição no ranking