Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE

O registrado no trimestre que terminou em maio foi de 8,1%, o que representa uma alta em relação ao mesmo período do ano anterior (7%) e também em relação ao trimestre encerrado em fevereiro deste ano (7,4%).

No trimestre encerrado em abril, o desemprego registrado tinha sido de 8%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Mensal. 

A Pnad Contínua Mensal avalia os dados do mês em questão (no caso, maio), assim como as informações dos dois meses anteriores (março e abril).

Segundo o instituto, são pesquisados 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios.

Número de desempregados sobe 10%

O número de pessoas desempregadas entre março e maio subiu para 8,2 milhões, o que representa uma alta de 10,2% em relação ao trimestre anterior, de dezembro a fevereiro (quando o número de desempregados era de 7,4 milhões).

Já o número de pessoas empregadas não apresentou variação significativa em relação ao trimestre terminado em fevereiro, permanecendo próximo de 92,1 milhões.

Rendimento mensal fica estável

O rendimento real médio (já descontada a inflação) ficou em R$ 1.863 no trimestre encerrado em maio. O número não apresenta variação significativa em relação ao trimestre anterior (R$ 1.877) nem em comparação com o mesmo período de 2014 (R$ 1.870).

Maio teve recorde de vagas cortadas

O Ministério do Trabalho divulgou no mês passado que 115.599 vagas de trabalhocom carteira assinada foram cortadas em maio.

É o pior resultado para o mês desde 1992. Desde aquele ano, o país não tinha registrado mais demissões do que contratações em maio. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)

Desemprego em maio foi de 6,7%, segundo PME

O IBGE também realiza a PME (Pesquisa Mensal de Emprego). A última, de maio, foi divulgada no mês passado e o desemprego registrado foi de 6,7%, o maior para o mês desde 2010.

A PME usa dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre e é menos abrangente que a Pnad Contínua. O IBGE estuda deixar de fazer a PME no ano que vem. Por enquanto, ela continua, por ser mais antiga que a Pnad Contínua.