Indústrias já processaram 33 milhões de toneladas este ano
Levantamento divulgado pela Biosul –(Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul) indica que a chuva acima da média em setembro fez com que as usinas perdessem de 3 a 4 dias no processo de moagem da cana-de-acúcar. Os dados levantados até 30 de setembro demonstram que um volume acumulado de cana-de-açúcar processada de 33,1 milhões toneladas, uma quantidade 15,15% maior em relação ao mesmo momento da safra anterior.
Só na segunda quinzena de setembro foram processadas 2,71 milhões de toneladas de cana, volume 39,8% maior que no mesmo período na safra passada.
Na avaliação do presidente da Biosul Roberto Hollanda, a quantidade acumulada só não é maior em razão das chuvas excessivas em setembro: “Ao longo da safra a chuva atrasou a produção do Estado em cerca de 3 milhões de toneladas”, estima. “No entanto, como estenderemos o período de moagem, é um déficit que pode ser recuperado”, pondera.
O acompanhamento da safra de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul é informado quinzenalmente pela Biosul. A safra começou em abril/2015 e deve seguir até janeiro/2016. Segundo os dados divulgados pela entidade, noo mês de setembro choveu o dobro da média histórica, chegando a 232mm em Mato Grosso do Sul, o que atrasou a moagem da cana.
Análise
Em contrapartida ao atraso na moagem, as usinas têm o que comemorar na safra, além da produção maior. O índice que mede a qualidade da matéria prima, o ATR/TC (Açúcares Totais Recuperáveis por tonelada de cana) atingiu 130,29 kg no acumulado, volume 1,5% maior que o da safra passada e na quinzena, atingiu 151,73kg.
Conforme os dados divulgados, até a segunda quinzena de setembro foram produzidas 965 mil toneladas de açúcar em Mato Grosso do Sul, quantidade 9,98% maior que a produção registrada anteriormente, que foi de 877 mil toneladas.
Em relação ao etanol, até 30 de setembro foram produzidos 459,45 milhões de litros de etanol anidro e 1,490 bilhão de litros de etanol hidratado, resultando 1,94 bilhão de litros de biocombustível produzido. Esse volume é 19,6% maior que na safra 2014/2015.
