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Economia

Empresário garante que construção da Cidade dos Ônibus não terá dinheiro público

Ninguém sabe explicar porque o projeto, lançado com status de obra pública, ainda na gestão de Nelsinho Trad, não saiu do papel. O prazo para entrega era 2012, mas a prefeitura não teria pago uma taxa para efetivar a doação do terreno.
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Ninguém sabe explicar porque o projeto, lançado com status de obra pública, ainda na gestão de , não saiu do papel. O prazo para entrega era 2012, mas a prefeitura não teria pago uma taxa para efetivar a doação do terreno.

Apesar de ampla divulgação oficial, agora e na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), a chamada ‘Cidade dos Ônibus’ não terá um centavo do dinheiro público. É o que garantem as 17 empresas de transporte rodoviário municipal, interestadual e internacional que serão beneficiadas com o projeto.

Juntas, as empresas aguardam desde 2012 a liberação da doação do terreno da Prefeitura de para a obra, que terá investimento privado de R$ 50 milhões. Anunciada nesta semana como obra a ser retomada pela administração municipal, o papel da prefeitura é apenas o de pagar a guia de doação do terreno.

Aliás, nem a doação do terreno foi feita pela administração municipal. A área foi recebida da empresa Anfer Engenharia em contrapartida para implantar um loteamento com 3 mil terrenos de 360 metros quadrados, e reserva de 16 áreas nas margens do macroanel rodoviário, destinadas a empresas de peças de serviços do setor de veículos pesados, ônibus e caminhões.

A ‘Cidade dos Ônibus’ foi anunciada como conquista também na gestão anterior à eleição de Alcides Bernal e tinha, na época, previsão de funcionamento até o fim de 2012. Até hoje, no entanto, segue sem nenhum sinal de vida, senão a presença de dois cavalos que pastam no terreno cercado de 218 mil metros quadrados.

A promessa era de que a área fosse gerar 1,5 mil empregos para as pessoas da região das Moreninhas, além de promover um adensamento da cidade com a chegada de 15.600 moradores de loteamentos privados e empreendimentos habitacionais pelos próximos cinco anos após a instalação.

O município ainda recebeu 900 lotes para construir casas populares e não conta com empenho de dinheiro público, apesar dos incentivos fiscais previstos pelo Programa de Desenvolvimento Econômico Social (Prodes), mas ficou sem sair do papel porque a prefeitura não pagou uma guia para o cartório liberar a escritura do terreno.

Quem enrolou?

O entrave, entretanto, ninguém sabe dizer quando começou.

À frente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio na época da gestão de Nelson Trad Filho, quando foi lançado o empreendimento, e de volta agora, na gestão de Gilmar Olarte (PP), não sabe dizer em que período o empreendimento parou.

“O problema, além dos entraves normais, passou por uma questão burocrática com o cartório. Não sei até onde o problema atingiu a gestão de Alcides Bernal”, afirmou o secretário.

Segundo a assessoria de comunicação, a questão será esclarecida pelo prefeito Gilmar Olarte e pelo secretário durante a assinatura do termo de doação do terreno.

Um dos idealizadores do projeto junto com Edil, o empresário do setor Oswaldo Possari, ex-vice-prefeito de Campo Grande e presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Mato Grosso do Sul (Rodosul), diz também não saber o motivo do entrave.

‘Só água e energia’

“A cidade não tem nenhum dinheiro público investido, só o compromisso de levar a energia e a água para lá, porque cada empresário vai construir a sua parte. São 600 ônibus que passam vazios todos os dias pelo centro da cidade e que deixarão de passar se a garagem das empresas for centralizada lá. Os 17 empresários já demonstraram interesse no projeto”.

Para Possari, a importância do empreendimento para a administração municipal está em gerar empregos para os moradores da região. “São cerca de 1,5 mil trabalhadores que poderão ir ao local de bicicleta ou veículo próprio e deixarão seus meios de transporte estacionados lá. Nas empresas de Campo Grande não temos espaço específico para isso”.

O presidente do sindicato diz ainda que a obra é referência para a Petrobras, que quer fazer um hotel para caminhoneiro nos mesmos moldes da Cidade dos Ônibus de Campo Grande.

Está prevista a implantação de bancos, alojamentos para os motoristas, restaurantes e refeitórios, estacionamento, creche, administração, posto de combustível, lava-jato de ônibus e central de atendimento do Serviço Nacional de Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), além da centralização de posto de combustíveis e lavatório com capacidade para reutilizar a água para lavagem dos ônibus por até três vezes.

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