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Economia

Economia fica estagnada nas vésperas da Copa do Mundo

RIO DE JANEIRO. A economia brasileira ficou praticamente estagnada no primeiro trimestre de 2014. O Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas no país) cresceu 0,20% no primeiro trimestre do ano sobre o quarto trimestre de 2013, informou nessa sexta IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, o PIB avançou […]
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. A economia brasileira ficou praticamente estagnada no primeiro trimestre de 2014. O Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas no país) cresceu 0,20% no primeiro trimestre do ano sobre o quarto trimestre de 2013, informou nessa sexta IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, o PIB avançou 1,90% nos três primeiros meses de 2014. O PIB soma alta de 2,5% no acumulado em 12 meses até o primeiro trimestre de 2014. O PIB do primeiro trimestre do ano totalizou R$ 1,2 trilhão.

Pela segunda vez no governo Dilma Rousseff, a economia brasileira sofre uma freada geral, que engloba serviços, indústria, consumo e investimentos, que tiveram resultados ruins. Apenas o cresceu no período. Como reflexo do pessimismo espalhado entre famílias e empresários, os principais motores da oferta e da demanda pararam juntos no início deste ano.

O consumo da família e o investimento das empresas encolheram, assim como a indústria. O setor de serviços, o mais estável da economia, mostrou avanço de apenas 0,4%. A última combinação tão ruim de resultados havia acontecido no terceiro trimestre de 2011, depois que, no início do mandato, Dilma tentou conter a escalada do consumo e dos preços herdada de Lula.

PIB da indústria caiu 0,8% no primeiro trimestre de 2014 em relação ao quarto trimestre de 2013. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o PIB da indústria mostrou alta de 0,8%. Isso se explica pela baixa demanda, já que as famílias, prejudicas pela alta da inflação, deixaram de consumir. O consumo das famílias encolheu 0,1% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2013. Com o consumo em baixa, e a indústria produzindo menos, a Formação Bruta de Capital Fixo, que mede os investimentos em produção, caiu 2,1%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o consumo das famílias foi prejudicado pela inflação e pela escassez de crédito. Ele afirmou, no entanto, que a alta de preços no segundo trimestre será bem menor, “o que significa que isso devolverá o poder aquisitivo as famílias”. Ele apontou também o “crédito caro e escasso” pelo desempenho do consumo, cuja queda foi a primeira desde o terceiro trimestre de 2011.

A constatação do mercado é que a Copa do Mundo não surtiu efeito na economia como o esperado. Para Mantega, o Mundial vai aquecer o consumo de serviços a partir de junho.

O resultado do primeiro trimestre confirma a percepção geral de atividade fraca neste início de ano e aumenta a probabilidade de um desempenho fraco em 2014, na avaliação do economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Flávio Serrano.

Preços em alta garantem o bom resultado do agronegócio

O setor agropecuário foi novamente o de melhor desempenho no país. O PIB do agronegócio subiu Agropecuária 3,6% no primeiro trimestre na comparação o último trimestre de 2014. Os resultados refletem o aumento de produtividade de culturas com encerramento de no período como a soja, além de preços mais elevados de alguns produtos, pressionados pela estiagem, como leite, carne bovina e café.

“Os números são prova incontestável da competitividade do campo e de que o setor merece cada vez mais atenção do governo, com políticas estratégicas”, disse Roberto Simões, presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg).

Revisão

PIB de 2013. O IBGE revisou a alta do Produto Interno Bruto de 2013 ante 2012 para 2,5%, ante crescimento de 2,3% na leitura inicial. Nova metodologia da pesquisa industrial influenciou.

Pessimismo

Para 2014. Diante da alta de só 0,2% do PIB no primeiro trimestre de 2014, a Nomura Securities revisou sua previsão de expansão da economia brasileira este ano de 1,6% para 1%.

Mercado

Em queda. O Ibovespa terminou a sessão dessa sexta com recuo de 1,91%, diante do fraco desempenho da economia no primeiro trimestre. Assim, fechou o mês de maio com baixa de 0,75%.

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