A de impostos federais atingiu em 2012, pela primeira vez na história, a marca de R$ 1,029 trilhão, registrando recorde absoluto para um ano fechado, segundo informou nesta quarta-feira a Receita Federal. O montante é 6,12% maior que o registrado em 2011, quando o governo arrecadou R$ 969,8 bilhões.

Somente em dezembro do ano passado, os brasileiros pagaram R$ 103,2 bilhões, contra R$ 96,6 bilhões no mesmo mês de 2011. Somente em dois meses de 2012 (junho e julho) a arrecadação de impostos foi menor que em 2011.

Segundo a Receita, o resultado se deve ao aumento de 5,6% na arrecadação da contribuição para a Previdência Social, que atingiu R$ 310 bilhões em 2012 contra R$ 294 bilhões em 2011. Em segundo lugar, o aumento na contribuição para o /Pasep (fruto do maior número de empregos gerados com carteira assinada), que passou de R$ 216,8 bilhões em 2011 para R$ 226,9 bilhões em 2012. O maior número de pessoas físicas que passaram a pagar Imposto de Renda em 2012 também subiu, o que gerou uma alta na arrecadação desse item de 5,11%.

A piora da crise financeira internacional, no entanto, prejudicou os ganhos das empresas, que pagaram menos tributos em 2012. No ano passado, as pessoas jurídicas pagaram R$ 112,3 bilhões em imposto de renda, uma queda de 0,76% em relação a 2011 (descontando os efeitos da do período). A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) também caiu 6,12% (descontada a inflação) e atingiu R$ 59,3 bilhões. Juntos, os dois impostos renderam aos cofres públicos a cifra de R$ 171,6 bilhões em 2012, uma queda de 2,68% em relação a 2011 (R$ 176,3 bilhões).

As desonerações de impostos anunciadas pelo governo ao longo do ano passado também derrubaram a arrecadação. Houve uma queda de 14,29% no pagamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) entre 2012 e 2011 (no ano passado, o tributo rendeu R$ 30,8 bilhões aos cofres públicos, enquanto em 2011 o montante foi de R$ 35,9 bilhões).