MS bate recorde de exportações de carne bovina em meio à crise do Carrefour

Rede emitiu nota se retratando e dizendo que vai continuar comprando carne bovina brasileira

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Açougue em Campo Grande (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Enquanto o país vive polêmica criada pelo Carrefour, bate recorde na produção nacional de carne bovina. Em Mato Grosso do Sul, as vendas ao mercado externo nunca foram tão altas, atingindo nível histórico em 2024.

Mato Grosso do Sul é o 4º maior produtor de carne bovina do país, e nos últimos quatro anos viu as exportações de carne saltarem de 2% para 20% da produção. Historicamente a produção estadual de carne visa atender o mercado interno, ou seja, fica aqui no Brasil.

Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção de carne bovina de Mato Grosso do Sul representa 10% do país. O montante é praticamente o mesmo de São Paulo e Goiás. Mato Grosso aparece em 1° no ranking com 19% da produção nacional de carne bovina.

Mas desde 2020, as exportações cresceram exponencialmente. Dados compilados pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), em 2020 o estado exportava apenas 2,25% da carne, mas em 2024 esse percentual deve chegar a 22,5%.

Mercado milionário

Entre janeiro e setembro de 2024, a exportação de carne bovina rendeu 881 milhões de dólares ao Mato Grosso do Sul. O produto representa 11% de tudo o que o Estado exporta, sendo a celulose o principal produto da balança comercial.

Mato Grosso do Sul é o 4º maior exportador de carne in natura do país e a União Europeia, centro da polêmica do Carrefour, é responsável por apenas 12% da compra da carne estadual.

A China é o país que mais consome a carne de Mato Grosso do Sul, sendo 24%m seguida dos Estados Unidos (16%) e Chile (14%). Em 2024, Mato Grosso do Sul enviou carne para 63 países diferentes.

E é justamente essa consolidação das exportações para mercados globais de alto consumo, que permitem ao Mato Grosso do Sul minimizar os riscos associados à dependência de um único mercado e fortalecer a posição do estado no comércio global de carne bovina.

Polêmica com o Carrefour

Em 20 de novembro, o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, disse que não iria mais comprar proteínas do Brasil porque os produtos não atendem às exigências e normas de qualidade exigidas pelo governo francês. A partir daí a polêmica só aumentou, com repúdio de produtores e boicote de ambos os lados.

Quatro dias depois, os maiores frigoríficos do Brasil decidiram que irão suspender o fornecimento de carne ao Carrefour no país. Além do Carrefour, a rede também é responsável pelas unidades do Atacadão no Brasil.

Nesta terça-feira (26), o Carrefour voltou atrás da decisão com uma nota de retratação. Na nota, a rede diz que reconhece a importância do mercado brasileiro de carne bovina e afirma que vai continuar consumindo o produto. Além disso, disse lamentar que a declaração tenha sido vista de tal maneira.

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