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Anvisa proíbe lotes da fórmula infantil Nutramigen LGG; veja quais são

Os lotes envolvidos são: ZL3FHG, ZL3FMH, ZL3FPE, ZL3FQD, ZL3FRW e ZL3FXJ
Agência Brasil -
Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de seis lotes da fórmula infantil em pó da marca Nutramigen LGG. A decisão ocorreu após alerta feito pela FDA, agência norte-americana que regula medicamentos e alimentos, relacionado ao recolhimento voluntário de lotes devido a uma possível contaminação pela bactéria Cronobacter sakazakii. O produto é fabricado pela empresa norte-americana Reckitt/Mead Johnson Nutrition.

Os lotes envolvidos são: ZL3FHG, ZL3FMH, ZL3FPE, ZL3FQD, ZL3FRW e ZL3FXJ.

Os produtos possuem os seguintes códigos de barras: 300871239456 e 30087239418. A validade é até 1º de janeiro de 2025.

De acordo com a Anvisa, a proibição foi publicada preventivamente no Diário Oficial da União de sexta-feira, 12, para impedir a importação, a comercialização, a distribuição e o uso desses lotes específicos no País.

Até o momento, porém, não foi identificada pela Anvisa a exportação destes lotes ao Brasil. “Os últimos dados divulgados pela FDA informam que esses produtos foram exportados para os seguintes países: Argentina, Bélgica, Belize, Canadá, Colômbia, , República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Irlanda, Israel, Jamaica, México, Nicarágua, Peru, Polônia, Espanha, e Venezuela”, comunicou a agência

Conforme a FDA e a Reckitt/Mead Johnson Nutrition, até o momento não foram identificados casos de infecções relacionados ao consumo desses lotes do produto e o recolhimento não abrange outros lotes da fórmula infantil.

Atualmente, as fórmulas infantis registradas na Anvisa de marca Nutramigen LGG possuem a seguinte denominação: fórmula infantil de seguimento para lactentes destinada a necessidades dietoterápicas especiais com restrição de lactose composta por proteína extensamente hidrolisada e probiótico.

Esses produtos são importados sob responsabilidade da Mead Johnson do Brasil e Importação de Produtos de Nutrição Ltda e são provenientes dos Estados Unidos e do México.

Recolhimento voluntário de lotes

A Reckitt/Mead Johnson Nutrition anunciou, em 30 de dezembro de 2023, que optou voluntariamente por retirar do mercado dos Estados Unidos os lotes selecionados devido à possibilidade de contaminação com Cronobacter sakazakii em produtos amostrados fora dos EUA. Todos os produtos em questão passaram por testes extensivos pela empresa e testaram negativo para a bactéria.

Caso o consumidor tenha alguma dúvida, pode entrar em contato diretamente com a empresa por meio do endereço de e-mail. A empresa também orienta que os pais consultem o pediatra da criança.

Alerta da FDA

Em 31 de dezembro do ano passado, a agência reguladora norte-americana alertou pais, cuidadores e prestadores de cuidados de saúde que a Reckitt/Mead Johnson Nutrition havia feito o voluntário de produtos de fórmula infantil em pó hipoalergênico Nutramigen LGG devido à possível contaminação por Cronobacter sakazakii . “Nenhuma doença foi relatada até o momento em conexão com este recall e é provável que a maior parte do produto distribuído nos EUA já tenha sido consumido.”

Os consumidores que possuem a fórmula infantil hipoalergênica em pó Nutramigen com os códigos citados devem parar de usar o produto e jogá-lo fora ou entrar em contato com a Reckitt/Mead Johnson Nutrition para obter reembolso.

O que é a Cronobacter sakasakii?

De acordo com a Anvisa, a Cronobacter sakasakii é uma bactéria pertencente ao gênero Cronobacter spp. e pode causar infecções em humanos, principalmente em recém-nascidos, neonatos de baixo peso (com menos de 2.500 gramas), imunocomprometidos e prematuros que necessitam de cuidados especiais na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.

“Esse grupo de bactérias pode afetar também indivíduos de outras faixas etárias, porém casos envolvendo adultos e crianças com idade superior a 12 meses são raros. A forma clínica mais frequente da infecção por Cronobacter spp. é a meningite, podendo ocorrer outras complicações como enterocolite necrosante, bacteremia, septicemia e sequelas irreversíveis. A taxa de mortalidade é elevada nos grupos de risco”, alerta a agência reguladora brasileira.

Segundo a FDA, é um patógeno que pode ser encontrado naturalmente no meio ambiente e que pode entrar em instalações de fabricação e ambientes domésticos por meio de mãos, sapatos e outras superfícies contaminadas. Embora as empresas de fórmulas infantis sejam obrigadas a testar uma amostra representativa de seus produtos para detectar espécies de Cronobacter e Salmonella, essa importante etapa de verificação não garante que o produto esteja livre de Cronobacter.

“A fórmula infantil em pó não é um produto estéril e as agências de saúde pública, incluindo a FDA, incentivam os cuidadores a tomar medidas para preparar a fórmula infantil em pó da forma mais segura possível”, afirmou ainda a agência norte-americana.

De acordo com a Reckitt/Mead Johnson Nutrition, os sintomas de sepse e meningite podem incluir má alimentação, irritabilidade, mudanças de temperatura, icterícia (pele e parte branca dos olhos amareladas), respiração ofegante e movimentos anormais. A infecção por Cronobacter também pode causar danos intestinais e se espalhar pelo sangue para outras partes do corpo.

O que fazer se encontrar um produto dos lotes proibidos?

Segundo a Anvisa, quem utiliza produtos da marca Nutramigen LGG deve verificar o lote impresso no rótulo da embalagem. Se o produto pertencer a um dos lotes recolhidos, ele não deve ser utilizado ou oferecido para o consumo por bebês. A pessoa pode entrar em contato com o estabelecimento onde adquiriu a fórmula para mais informações.

“O consumidor deve ficar atento e somente adquirir produtos com procedência conhecida e registrados na Anvisa. Produtos importados não registrados são considerados irregulares. Recomenda-se também que os consumidores evitem comprar fórmulas infantis importadas por meio de comércio eletrônico, devido à dificuldade em conhecer a origem e a regularidade do produto”, disse a Anvisa. Para confirmar o registro do produto, é possível consultar a base de dados disponível no portal da agência.

Orientações para o uso de fórmulas infantis de maneira segura

  • Somente utilize fórmulas infantis com orientação de um profissional de saúde habilitado, como médico pediatra ou nutricionista, de acordo com a Anvisa. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam o aleitamento materno até os 2 anos de idade ou mais e de maneira exclusiva até os seis meses de vida;
  • Leia todas as instruções de preparação presentes no rótulo;
  • A correta higienização de utensílios que entram em contato com a fórmula, como mamadeiras, copos e colheres, é fundamental para garantir a segurança do produto;
  • Além disso, deve-se sempre realizar a diluição na quantidade adequada e na temperatura segura (70ºC), que garante o menor risco de contaminação por microrganismos perigosos, como bactérias do gênero Cronobacter e Salmonella.

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