Para garantir vendas no Dia de Finados, ambulantes ficam até sem dormir: ‘cheguei 00h30’
Dia de Finados é de intenso movimento nos cemitérios e oportunidade para ambulantes faturarem durante o feriado
Fábio Oruê, Aline Machado –
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Com movimento esperado de 30 mil pessoas passando pelos cemitérios públicos de Campo Grande nesta quinta-feira (2), Dia de Finados, vendedores ambulantes madrugaram para garantir as vendas de velas e flores.
Jucimeire Silva Santos, de 53 anos, bate ponto no Dia de Finados há 20 anos no Cemitério Santo Amaro e garante que a função não é apenas mais um trabalho. “Isso para mim não é um trabalho; é uma paixão pelas almas; é uma missão. Eu até me emociono porque é uma forma de levarmos conforto para as pessoas”, diz ao Jornal Midiamax, com a voz embargada.
Ela explica se um parente sai de sua casa para prestar a homenagem para quem está ali no cemitério, é porque sente muito amor por aquele ente e Ju se sente parte dessa história. A vendedora começou a montar as duas barracas que toca com o marido, os três filhos e uma nora há três dias para garantir o mesmo ponto de todos os anos.
Ju vende flores e velas com preços entre R$ 4,50 e R$ 70 e chegou a 00h30 para começar a preparar os produtos nas barracas. “Não dormi e nem sinto sono nessas datas”, garante à reportagem.
Movimento desde cedo
Por conta do clima quente que tem feito em Campo Grande, a Prefeitura mudou o horário de abertura dos cemitérios públicos para as 6h nesta quinta para pegar as temperaturas mais amenas do começo da manhã.
Com isso, desde as 5h30, moradores já se aglomeravam na entrada no cemitério para prestar suas homenagens aos entes queridos. Ao todo, 11 servidores da GCM (Guarda Civil Metropolitana), Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estão no local.
Devido ao intenso movimento, a Agetran está canalizando o trânsito em frente ao Cemitério Santo Amaro para evitar acidentes. Equipe da Semadur faz a fiscalização dos vendedores ambulantes, que vendem desde flores a salgados e bebidas.
Uma delas é Suelene Miranda, de 51 anos, que vende água de coco, água e refrigerante e pretende zerar o estoque até o fim do dia. A ambulante é outra que garante o ponto há cerca de 20 anos no local e começa a se preparar também há 3 dias.
Durante a semana, ela fica com o carrinho de água de coco no centro de Campo Grande, porém nessa data, muda de local para faturar mais. Além disso, muitas pessoas já trazem de casa seus vasos de flores e velas. Vale lembrar que os cemitérios públicos ficam abertos até às 17h.
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