Quanto mais moderno, maior o custo de um aparelho no mercado. Os modelos atualizados beiram a venda por R$ 5 mil. Os problemas técnicos ou danos por mau uso podem levar tais celulares caros para assistência técnica. Em Campo Grande, os profissionais da área comentaram o questionamento: “quando vale a pena consertar?”

Erico Cavalcante, técnico da Conserta Smart, no bairro Tiradentes, atua há 15 anos no mercado. Ele comenta que os serviços dependem do tipo de cliente e do bolso de cada um. Em média, um reparo tem o custo de R$ 350.

“Existe aquele cliente que prefere consertar do que pagar por um novo, porque tem dados importantes naquele aparelho, agenda, etc. Às vezes o conserto fica até menos viável, mas é mais cômodo do que perder os dados. Tem o cliente que prefere comprar um novo porque o reparo é mais caro do que o modelo, assim como aquele que pagou caro e não tem como comprar um novo”.

Dentre os principais reparos que levam um celular até a assistência, os problemas de mau uso lideram os serviços, como a queda, aparelho molhado, tela quebrada e sujeira em entradas. Os aparelhos que mais recebem conserto são dos modelos da Samsung e iPhone. Especialistas dizem que o número representa a quantidade de vendas, já que são as maiores fabricantes.

Quando vale a pena?

Lucas Antônio dos Santos Carvalho, da iCell Express, reforça que linhas mais modernas ou aparelhos que já deixaram de ser produzidos costumam ter peças de reparo mais caras, consequentemente, o serviço pode encarecer. Em todo caso, o profissional deve ser sincero com o cliente e orientar a melhor escolha.

“Existe pedido de conserto por diversos motivos e o modelo, consequentemente, o valor pelo serviço varia. O cliente com apego no HD irá preferir pagar o conserto independente do valor do que comprar um novo”.

Everton Camargo, proprietário da 67 Celulares, explica que quando o consumidor é informado que a assistência ultrapassa 50% do valor do aparelho, geralmente, decide trocar o celular do que pagar pela manutenção.

“Mesmo com o backup em dia, informações são perdidas. O cliente coloca na balança, sempre que ficar muito caro e trocar, fica sem os dados, como as conversas de WhatsApp, tem cliente que não quer perder”.

Seguro de celulares

Diversas assistências ainda não possuem planos de seguro de celular, em alta e disponíveis por bancos e seguradoras. “Futuramente pretendemos aderir, não ainda por falta de conhecimento, em saber como funciona, mas gostaríamos de ter na nossa loja pela quantidade da demanda que recebemos”, disse Everton.

Boa parte dos seguros do mercado cobre os principais motivos que levam um aparelho para a assistência, como danos acidentais, além de roubo e furto. O serviço cobre ainda aparelhos comprados no exterior.

A reportagem entrou em contato com algumas prestadoras do seguro, a Nubank, Bradesco, Itaú e Pier, mas não há dados regionais sobre clientes que aderem ao serviço.

Seguro contra golpe digital

Uma novidade no seguro é o plano para transações digitais feitas pelo celular furtados/roubados.

“O objetivo da função é trazer mais tranquilidade caso a pessoa tenha o aparelho roubado ou passe por uma situação de ameaça, em que é obrigada a fazer transações a partir da sua conta do Nubank, usando Pix e outros tipos de transferências, como empréstimo e recarga de celular”, disse o banco digital.

Como contratar?

As instituições financeiras variam conforme o aparelho e o plano. Custando em média R$ 2,99 por semana. Para adquirir um plano, o consumidor deve abrir o aplicativo, inserir a numeração IMEI do celular e seguir o passo a passo pedido.

O consumidor pode personalizar o seguro como preferir e com quais tipos de cobertura deseja.