Pular para o conteúdo
Consumidor

Com recuo de alimentos, inflação acumulada é menor para os mais pobres

Em um ano, comida ficou mais barata para famílias de baixa renda
Agência Brasil -
batata mercado
Frutas e legumes em supermercado de Campo Grande (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O recuo no preço dos alimentos e bebidas ajudou a inflação a pesar menos no bolso das famílias de baixa renda nos últimos 12 meses, na comparação com os lares de renda média e alta. A constatação faz parte do Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Ipea (Instituto de Econômica Aplicada), divulgado nesta terça-feira (17).

Enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ficou em 5,19%, a inflação para as famílias com renda muito baixa foi de 3,9%. Já para as de renda baixa, 4,45%.

De acordo com o indicador do Ipea, é considerada renda muito baixa a família que recebe até de R$ 2.015 por mês. As de renda baixa estão na faixa de R$ 2.015 a R$ 3.022.

Nos lares com rendas média-alta e alta, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 5,95% e 6,41%, respectivamente.

São classificadas como renda média-alta os grupos familiares que recebem de R$ 10.075 a R$ 20.151. Os de renda alta têm rendimento superior a R$ 20.151.

Alimentos

Tanto na inflação acumulada de 12 meses quanto na setembro, o custo dos alimentos foi o item que mais aliviou o peso no orçamento dos mais pobres. São quatro meses seguidos de recuo no preço da comida.

Em setembro, esse comportamento foi motivado pelos preços do (-7,6%), farinha de trigo (-3,3%), batata (-10,4%), carnes (-2,9%), aves e ovos (-1,7%), leite (-4,1%) e o óleo de (-1,2%).

Esse alívio é sentido mais fortemente pelas famílias com rendas mais baixas, “dado o peso desses itens nas suas cestas de consumo”, explica a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Parente Lameiras. Ou seja, famílias mais pobres gastam, proporcionalmente, mais com comida que as mais ricas.

Outros gastos

Ainda no mês passado, pelo lado da alta de preços, os reajustes de 1% nas tarifas de energia elétrica e de 2,8% da gasolina fizeram dos grupos habitação e transportes os principais focos de pressão para todas as classes de renda. No entanto, para os segmentos de renda mais alta, além do aumento dos combustíveis, as altas de 13,5% das passagens aéreas e de 4,6% dos transportes por aplicativo forçaram uma alta mais forte do grupo transportes, uma vez que esse gasto pesa mais no orçamento destas famílias.

No acumulado dos últimos 12 meses, os itens que mais pesaram para todas as famílias foram transportes (1,63%) e saúde e cuidados pessoais (1,10%). Nessa comparação, o grupo de renda muito baixa também sofreu menos impacto negativo que o de renda alta.

Enquanto o transporte apresentou inflação de 1,01% para o grupo renda muito baixa, foi quase o dobro (1,94%) para a renda alta. Em relação à saúde e cuidados pessoais, foi de 1,01% e 1,26%, respectivamente.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Jovem morre durante exercícios em academia de Bataguassu após sofrer mal súbito 

Emboscada que matou ex-delegado-geral na Praia Grande teve 69 tiros

TJMS abre inscrições para curso de Preparação à Adoção

loteria

Ninguém acerta as seis dezenas e Mega pode pagar R$ 33 milhões

Notícias mais lidas agora

Fazendeiro morre após aeronave cair no Pantanal em Mato Grosso do Sul

Presidente da Câmara, Papy deve R$ 99 mil de IPTU para a Prefeitura de Campo Grande

maicon nogueira cpi vereador

CPI do Consórcio: com voto separado, Maicon pede intervenção na concessão dos ônibus na Capital

PEC da blindagem é aprovada em segundo turno e vai ao Senado

Últimas Notícias

Bastidores

[ BASTIDORES ] Sessão vazia tirou até projetos da pauta

Possibilidade de votação da anistia animou oposição

Leandro Mazzini - Coluna Esplanada

FAB vai pagar o equivalente a mais seis caças JAS-39E/F Gripen NG sem recebê-los

O Programa FX-2, que visa renovar a frota de caças, sofreu atrasos e aumentou em mais de 12% os custos originais

Sérgio Cruz - O dia na história

1866 – Guerra do Paraguai: força brasileira chega a Miranda

Força expedicionária estava sob o comando do tenente-coronel Manoel Cabral de Menezes

Polícia

Denúncia de estupro de 3 crianças teria motivado revolta e incêndio em casa de Campo Grande

Acusado de abusar de crianças, fugiu antes da residência ser incendiada