Em alta: energia solar é solução para fugir de taxação e Campo Grande é 6ª no ranking de instalação

A energia solar sofrerá taxas impostas pelo Marco Legal da Geração Distribuída em cinco meses

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Energia solar instalada em residência de Campo Grande | Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax
Energia solar instalada em residência de Campo Grande | Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Seja por pagamento à vista ou por financiamento, a adesão da produção própria de energia elétrica através da energia solar em Campo Grande tem crescido a cada mês. Os olhos de quem transita pelas ruas logo se depara com as placas azuis instaladas nos telhados e, com os dias contados para não ter taxas impostas, os consumidores têm feito a Capital ocupar a 6ª colocação em ranking de maior instalação no país. Em maio, a procura já era grande e setor chegou a temer desabastecimento.

A ideia do investimento na produção de energia em casa sempre foi vista como atrativa, ainda mais quando o país sofreu inúmeros aumentos de energia elétrica nas contas em 2022. O fato que atraiu mais adeptos para somar aos inúmeros telhados com placas azuis foi o Marco Legal da Geração Distribuída. A partir de 7 de janeiro de 2023, o marco legal da energia própria irá mudar as regras para quem produz energia solar em casa.

Energia solar
Foto: Reprodução/ABSolar

Ou seja, quem optar por investir na energia solar em casa ou no próprio comércio, contará com isenção até o ano de 2045 da cobrança de taxas referentes ao uso de sistemas de distribuição para micro e minigeradores de energia.  

Conforme levantamento recente da ABSolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Campo Grande subiu uma posição no ranking de cidades no Brasil com maior instalação. Atualmente, Campo Grande ocupa a 6ª posição, com 95,3 MW, índice que representa 0,8% da geração nacional.

Mato Grosso do Sul ocupa a 11ª colocação no ranking de estados, com produção de 396 MW, representando 3,5% da produção nacional. O estado que mais produz é Minas Gerais, com 1.839,6 MW, sendo 16,2% da produção no país.

Geração de empregos

De acordo com informações do presidente do Movimento Solar Livre, Hewerton Martins, MS foi o estado que mais gerou empregos com a geração distribuída no país. Foram 1.426 empregos gerados em julho. Em seguida, aparecem os estados de São Paulo (842), Espírito Santo (445), Rio Grande do Sul (394) e Pará (341).

Outro levantamento importante do Movimento Solar Livre é que a energia solar está presente em todos os municípios de Mato Grosso do Sul. Campo Grande é a cidade do Estado com maior número de usinas, somando atualmente 12.990. A segunda cidade com mais usinas é Dourados, com 6.409. Confira a tabela:

Foto: Reprodução/Movimento Solar Livre

Quanto custa ter a energia solar?

Que as vantagens são inúmeras não há dúvidas, mas e o custo? Especialistas do setor ouvidos pelo Jornal Midiamax detalham que para uma residência padrão com um casal e um filho, por exemplo, o custo da elaboração do projeto até a instalação dos painéis solares fique entre R$ 20 e R$ 40 mil.

Para custear o valor, o consumidor pode recorrer a financiamentos bancários, com taxas acessíveis que visam incentivar a compra. Atualmente, todos os bancos oferecem o crédito. Simulações podem ser feitas online nas páginas das instituições bancárias.

Para moradores que possuem contas de energia elétrica de R$ 900 a R$ 1 mil, a parcela do financiamento fica semelhante ao valor pago mensalmente na conta.

O retorno do investimento, chamado de payback, é esperado em até 4 anos para a maioria dos casos. Depois disso, o consumidor se vê livre do financiamento que custeou a instalação dos painéis e da conta de energia. Atualmente, o prazo da concessionária de Energisa para aprovação de pedidos de homologação de instalação de energia solar é de 34 dias.