Há um mês que o comércio de Campo Grande retornou com as atividades após ficar mais de 15 dias fechado devido a pandemia de , o novo . Com a permissão para abrirem as portas, os comerciantes precisaram se adequar a uma série de medir de segurança para evitar a transmissão e circulação da doença, dentre elas, a proibição da prova de peças das roupas na loja.

Sem poder permitir que os clientes experimentem as peças antes de comprar, os comerciantes estão precisando flexibilizar a política de trocas ou devoluções. Em alguns casos, lojas estão dando prazo de até 10 dias corridos para cliente retornar com a peça.

Responsável pela loja Ka Modas no centro da cidade, Evelin de Queiroz afirma que o momento não tem sido bom para o comércio da Capital e que medida estabelecida por decreto, impedindo a prova das peças, pode fazer o efeito contrário. Ela explica.

“A intenção não é impedir que as pessoas fiquem saindo de casa? se o cliente vem na loja, não pode experimentar a peça, ela leva para casa e vê que não ficou boa, ela precisa retornar para o Centro para poder trocar essa roupa. Além disso, os clientes estão demorando mais dentro da loja porque precisam medir e simular como fica a peça porque não podem ir provar”, disse à reportagem.

Também responsável por uma loja de roupas femininas na região central da cidade, uma comerciante que preferiu não se identificar, disse que a situação econômica não é favorável e que segue todas as recomendações de segurança e de higienização das peças.

“A proibição do cliente experimentar as roupas têm dificultado ainda mais nesse momento de crise. Entendemos que é para prevenção, mas tem sido duro. Para estimular a compra, temos dado um prazo maior para o cliente efetuar a troca”, comentou. Antes a loja que fica na dava cinco dias para que o cliente pudesse trocar a peça, mas agora o prazo dobrou e clientes tem 10 dias para retornar e trocar a roupa.

Roupas higienizadas em 72 horas

De acordo com o Procon-, todas as lojas estão sendo orientadas e fiscalizadas quanto as ações do relacionadas ao coronavírus na Capital e que a política de trocas ou devoluções fica a critério de cada loja estabelecer, mas tudo baseado no código de defesa do consumidor.

Questionado se o órgão recebeu alguma denúncia referente a não troca de roupas no comércio, o explicou que não há nenhum registro até o momento, pois o comércio tem se sensibilizado com o momento e realiza a troca junto ao cliente.

Além disso, o Procon-CG disse que as lojas quando recebem as peças de volta no estoque, devem higienizá-las em um período de 72h. “Algumas lojas estão fazendo trocas, porém respeitando o prazo de higienização da peça, que é de 72h de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Mas estamos agindo de acordo com o Decreto Municipal, e nele não cita regras de trocas, apenas da proibição de provar as peças de vestuário”, disse ao Jornal Midiamax.