Caso aconteceu neste sábado
Imagine comer metade de uma baguete recheada e descobrir na metade do sanduíche que o recheio de calabresa e queijo está completamente tomado por larvas? Foi isso que aconteceu com dois homens em Campo Grande neste sábado (7). O operador de máquinas Jhuliano Marcelo Miranda, de 26 anos, e o encarregado de produção Flávio da Silva Oliveira, de 34 anos, compraram duas baguetes por volta das 7h30 de sábado em um supermercado na Avenida Mascarenhas de Moraes, para lanchar no trabalho.
Por volta das 8h, esquentaram os sanduíches no microondas, e após comerem cerca de metade, viram os insetos se mexendo no meio do pão. A reação automática, segundo eles, foi de vômito intenso. “Nosso objetivo era lanchar antes do trabalho. Fomos comer e na metade dos lanches, os dois estavam com as larvas”, descreveu Jhuliano.
Segundo ele, foram atendidos no Posto de Saúde, foram realizados exames de sangue e eles receberam medicamentos tanto no atendimento quanto para levar para casa. “O médico que atendeu disse que, se não tivesse havido vômito, poderíamos ter uma infecção”, disse o operador.
Em seguida, ele e Flávio teriam retornado ao supermercado para reclamar. Os trabalhadores dizem que por lá não receberam nenhuma atenção, apenas teriam sido questionados se queriam o dinheiro de volta. “Uma gerente chamada Marli chamou o chefe da panificadora, e ele disse que não poderia fazer nada. Eles simplesmente falaram que nós não tínhamos comprado lá, mesmo eu apresentando a nota fiscal. Decidi procurar meus direitos”, relembra.
Nesta segunda-feira (9), os operários procuraram um advogado e registraram um boletim de ocorrência na Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo).
Posicionamento do supermercado
Procurada pela reportagem do Jornal Midiamax, a rede de supermercados emitiu um posicionamento sobre a questão:
“A rede, por meio de sua gerência regional, informa que está ciente dos fatos e reforça que no sábado mesmo, quando o cliente retornou até a loja da Mascarenhas de Moraes, a gerente do local o acompanhou até o lugar em que são vendidas as baguetes e as abriu uma por uma, para ver se nessas havia larvas; não foram encontradas. Nossa gerente se comprometeu em devolver o dinheiro, tentar resolver o problema de alguma forma, mas o cliente não quis acordo e disse que acionaria a Justiça”.
Jhuliano e Flávio dizem que parte disso não ocorreu. “Ela não abriu baguete nenhuma e disse que nós não aparecíamos nas câmeras de segurança, o que é estranho, já que temos a nota fiscal registrando tudo”, disse Jhuliano.
Além disso, o jovem afirmou que a única coisa oferecida pela gerente foi a devolução do dinheiro pago na baguete, em dobro, cerca de R$ 22. “Não aceitei pois é absurdo”. O caso será investigado pela Decon.
